Como nasce, cresce e frutifica a violência contra a mulher e o feminicídio.
Alguém ainda se lembra do caso Eloá Pimentel1? Eu mesmo na época escrevi um artigo sobre o assunto do ponto de vista de análise do caso e deixo aqui o link de acesso a quem se interessar2. Curioso perceber que naquele momento ainda não existia a tipificação de crime de feminicídio agora integrante de nosso ordenamento jurídico, e que ocorreu somente muito tempo depois3, sendo certo que o caso em questão se enquadraria perfeitamente, chamando atenção, quando colacionado a outros mais recentes, num questionamento se estamos diante apenas de feminicídio ou de uma coisificação. Se analisarmos mais detidamente perceberemos que os criminosos sob o manto da ação passional, escondiam uma nuance de quem se vê frustrado e até mesmo ofendido pela perda da posse da mulher com quem desfrutava de uma relação que não nos parece possuir traços de verdadeiro afeto, alegação que pode ser facilmente aferida por laudos psiquiátricos elaborados acerca da personalidade de Lindemberg Alves Fernandes, o assassino de Eloá Pimentel que mostrou um indivíduo narcisista e antissocial4.
Autor:
Antonio J. Trovão
Download:
