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quinta-feira, 25 de julho de 2024

BRICS pretende aprofundar cooperação aduaneira e combater a fome regional

Após uma videoconferência da 12ª Reunião de Ministros de Comércio do bloco, dignitários de todas as cinco nações do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) prometeram aprofundar a cooperação financeira e aduaneira.

Desde que o BRICS foi criado em 2013, o trabalho conjunto aduaneiro tem se mostrado bem sucedido enquanto o comércio está em uma trajetória de crescimento estável, de acordo com o diretor-adjunto da Administração Geral chinesa de Alfândega, Sun Yuning.

O comércio da China com os países do BRICS somou US $490,42 bilhões em 2021, um aumento de 39,2% em relação ao ano anterior – acima do nível global do comércio exterior da China no mesmo período, mostram os dados oficiais.

Espera-se que todos os lados melhorem gradualmente o nível de planejamento da infraestrutura aduaneira, seus métodos de supervisão e gestão administrativa e formem uma governança coordenada transfronteiriça entre os departamentos de administração de fronteiras, disse Sun.

O bloco também prometeu garantir que as autoridades aduaneiras dos países do BRICS continuem a trabalhar juntas para proteger a cadeia de suprimentos internacional e promover uma rápida recuperação econômica e comercial, explicou.

De acordo com a mídia estatal chinesa, os países do BRICS também concordaram em fortalecer a coordenação sobre política macroeconômica em uma reunião virtual de ministros das finanças e governadores do Banco Central na segunda-feira, durante a qual foram discutidos temas como a melhoria do arranjo de reservas contingentes e a cooperação das finanças de transição em outras áreas.

A ministra das Finanças da Índia, Nirmala Sitharaman, disse que o crescimento será impulsionado pelos gastos fiscais. Ela acrescentou que os BRICS devem continuar a servir como uma plataforma para dialogar e facilitar a troca de experiências, preocupações e ideias para a reconstrução de uma trajetória de crescimento sustentável e inclusiva.

Outro que se posicionou em acordo, foi o secretário especial adjunto de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, João Rossi, que reafirmou nesta quinta quinta-feira (9), o comprometimento do Brasil em relação a importância crucial de se “assegurar a abertura, eficiência, estabilidade e resiliência das cadeias de abastecimento globais e regionais, considerando o comércio de bens e serviços”.

A China é a presidente deste ano dos BRICS e deve realizar a cúpula anual do bloco de cinco membros este mês. O governador do banco central da China, Yi Gang, também falou bastante sobre os esforços conjuntos de todos os países do BRICS para alcançar progressos positivos na cooperação financeira e ressaltou o compromisso das nações em combater a insegurança alimentar e redução da pobreza.

Autor: 

Adriano da Silva Santos é um jornalista e escritor, formado na Universidade Nove de Julho (UNINOVE). Reconhecido pelos prêmios de Excelência em webjornalismo e jornalismo impresso, é comentarista do podcast “Abaixa a Bola” e colunista de editorias de criptomoedas, economia, investimentos, sustentabilidade e tecnologia voltada à medicina. 

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