Saiba como criar um ambiente adequado e funcional para os recém-nascidos, com dicas de quem mais entende do assunto: as mamães e arquitetas do Studio Tan-gram |
No quartinho do pequeno Gabriel, o décor foi pautado em uma paleta de cores que combina a madeira, verde, cinza e pitadas de azul | Foto: Estúdio São Paulo |
A chegada de um bebê transforma a rotina de uma família e um dos cômodos passa a ser o grande núcleo da casa: sim, o quartinho do bebê! Além de constituir um local de aconchego, cuidados e desenvolvimento, o ambiente precisa ser funcional para que os pais tenham sempre por perto os itens necessários para o bem-estar da criança. Unir esses dois polos, que parecem opostos, é muito mais simples do que se imagina, afinal a ludicidade pode (e deve) andar de mãos dadas com a praticidade. Mas como escolher os itens e qual a melhor disposição do layout? O que pode (ou não) incorrer em riscos para o dia a dia do neném? Arquitetas do Studio Tan-gram e mamães – Monike Lafuente, que recentemente deu à luz ao seu segundo filho, o Vitor, e Claudia Yamada, que aguarda a chegada da sua Liz –, elencaram os cinco principais erros que não devem ser cometidos quando o assunto é montar decorar o dormitório infantil. “Além dos nossos conhecimentos como profissionais da área, testamos, na prática, as melhores decisões“, enfatizam. Acompanhe: |
1) Não ter atenção ao local onde foi aplicado o papel de parede! Com uma aplicação fácil, o papel de parede ajuda a criar um ambiente alegre e divertido, sendo uma das principais escolhas para dar alegria às superfícies. Na manutenção do dia a dia, Monike e Claudia advertem sobre o cuidado redobrado para evitar que o material fique manchado. “É bom lembrar que o papel de parede pode sujar com resíduos do bebê, então é importante usar adesivos de parede ou um papel mais resistente do que os convencionais “, aconselham. |
Um bom exemplo do uso de papel de parede é combiná-lo com a cor dos móveis usados no quartinho | Foto: Estúdio São Paulo |
2) Não pensar no crescimento do bebê Uma boa maneira de economizar em móveis é investir em mobiliários coringas, que acompanham o crescimento do bebê. Guarda-roupas e armários, por exemplo, podem apresentar um acabamento neutro. “Não há necessidade de demarcar tanto que é um uso infantil. Pensando na otimização da arquitetura de interiores, a decisão por dimensões e uma estética mais atemporal permite aproveitar os móveis por um período longínquo“, aconselha Monike. “A cômoda, que organizava as fraldas e era o apoio para o trocador, pode ser ocupada, posteriormente, como gavetas para disposição das roupas da criança. E esse é um pensamento muito saudável”, complementa. |
Móveis com acabamento neutro garantem que o item seja atemporal e possa ser usado em várias fases da vida, de bebê até adolescente! l Foto: Estúdio São Paulo |
3) Estourar o orçamento com móveis ou itens caros de decoração Substituir o papel de parede por adesivos com formato de bolinhas e bichinhos é uma opção muito interessante para agregar efeitos coloridos e temáticos por um valor bastante acessível. A própria Monike elegeu adesivos de dinossauros para trazer uma atmosfera lúdica e divertida para o quartinho novo do Gab, irmão do Vitor. Além disso, com criatividade e segurança, ela suprimiu a cabeceira do berço e, no espaço, trabalhou com uma pintura com desenhos de montanhas, em meia altura, por toda face da parede! |
A pintura do quartinho do Gab, filho de Monike, foi aplicada de maneira lúdica e divertida, formando montanhas como cabeceira de cama e enfeite de parede! l Foto: Estúdio São Paulo |
4) Achar que decoração não pode ser funcional “Objetos de apoio ao trocador como bandejinha com pote de álcool, hastes flexíveis, porta-fralda, essas coisas… eles são itens da decoração que devem ser pensados juntos com o contexto do quarto. Com uma ampla variação de preços e estilos, o projeto pode compor muito bem com o orçamento disponível“, ressaltam. |
No quartinho do Gab, Monike demonstrou como os itens práticos do cotidiano podem ser usados também como decoração! l Foto: Estúdio São Paulo |
5) Não investir em itens que transmitam aconchego Um dos principais objetivos do quarto do bebê é ser um local agradável e reconfortante e, para esse propósito, a arquitetura de interiores contribui com essas definições. Almofadas, peças em madeira e até cortinas cooperam para garantir esse efeito acolhedor, transmitindo tranquilidade e delicadeza. “Demos um toque de madeira com a prateleira do alto para trazer aconchego“, revela Monike sobre o quartinho de bebê do Gab. A instalação de uma persiana, que acompanhou todo a extensão da parede, foi um recurso que ajudou a ampliar o ambiente do quartinho do Chris, outro projeto do Studio Tan-gram. |
Cortina e madeira são itens que transmitem aconchego. Combine essas peças com almofadas, poltronas e tapetes para criar uma atmosfera acalentadora, como no quartinho do Chris. l Foto: Estúdio São Paulo |
Sobre Studio Tan-Gram Tangram é um quebra-cabeça chinês formado por 7 peças geométricas capazes de formar até 5 mil formas diferentes. Inspirado nesta pluralidade, versatilidade e criatividade surgiu o nome do escritório, liderado pelas arquitetas Monike Lafuente e Claudia Yamada. A arquitetura que concebem e acreditam se estrutura na multiplicidade de soluções, adaptabilidade ao usuário-espaço e renovação de conhecimento contínua. São espaços desenvolvidos para o ser humano e, portanto, cada desafio traz uma solução individual. |
Autor:
Danilo Costa