No apto garden, a arquiteta Cristiane Schiavoni trabalhou um décor pautado no bem-estar – tanto para os moradores, como para as ocasiões em que recepcionam seus visitantes. Estrutura de hidromassagem e uma sala de estar aconchegante integram a área coberta com estrutura metálica e fechamento de vidro | Foto: Carlos PiratiningaMuitas famílias, ou moradores que vivem sozinhos, prezam pela alegria de ter a casa agitada, cheia de convidados entrando e saindo. De fato, é sempre um prazer reservar um tempo para confraternizar – principalmente com as pessoas mais próximas de nossas vidas –, e eternizar momentos com conversas e refeições especiais. Porém, para contar com residências que emanem esse perfil tão caloroso, alguns detalhes precisam ser pensados logo na hora de construir e projetar a arquitetura de interiores. Detalhes esses que a arquiteta Cristiane Schiavoni, à frente do escritório que leva seu nome, ajuda a destrinchar e a explicar com ricos exemplos. Segundo ela, a essência desses imóveis devem dispor de ambientes versáteis, funcionais e integrados, que tenham lugares para acomodar – cadeiras, mesas, poltronas e sofás –, bem como não deixar de lado uma boa estrutura de iluminação e de som para tornar esse acolhimento ainda mais gostoso. “As impressões passadas pelo décor, bem como as sensações que ele propicia, são essenciais para deixar aquela marca de inesquecível em quem recebemos“, ressalta. Acompanhe as dicas relacionadas pela arquiteta:Como construir uma casa para receber Para a especialista, o primeiro passo é ter consciência das próprias necessidades e preferências antes de começar a planejar qualquer projeto. Cristiane Schiavoni afirma: “Quando nos referimos ao ato de receber, é muito importante que saibamos qual o estilo que desejamos. Por exemplo, tem pessoas que gostam de fazer churrasco, outras preferem preparar receitas mais elaboradas, para grandes jantares ou almoços, e tem aquelas que gostam de fazer drinks. Como cada um tem o seu modo, é a partir dessas referências que posso começar a trabalhar”, detalha. Depois dessas definições, ela passa a ter em mãos o ponto de partida para pensar a estrutura do layout dos ambientes e a disposição dos mobiliários. Seja em uma casa ou em um apartamento, a versatilidade de espaços integrados coopera na missão de proporcionar fluidez na área social. Nessa conexão, ela enumera uma sala de estar ligada ao home theater ou com a varanda, como também uma cozinha próxima a esses cômodos. “Não é novidade para ninguém que a cozinha saiu das sombras de um cômodo renegado e escondido para se mostrar como um coração da casa que também acolhe“, relata a arquiteta. Muito além de deixar a residência mais espaçosa, a integração dos ambientes da ala social abre frente para diversas propostas decorativas, sempre com a atribuição de acomodar pessoas sem transmitir a percepção de desconforto. “Considero primordial que os móveis sejam distribuídos em posições que transmitam essa mensagem de comodidade. Não acho simpático quando um dois sofás são dispostos com as costas voltadas um para o outro… A ideia é sempre agregar”, orienta Cristiane. Ainda sobre os móveis, ela recomenda que, além das peças mais expressivas, o morador considere a aquisição de outros que resolvem situações e que são facilmente realocados. É o caso das banquetas, bancos e pufes que ofertam assentos disponíveis para quem chegou em casa. “E o bacana é conciliar uma ocupação extra quando não estiverem com essa atribuição. Encaixar embaixo de um aparador, um rack ou mesmo dispor como uma mesinha de centro faz com que esse mobiliário seja útil na rotina da casa, e não apenas em situações pontuais“, reflete a profissional. Detalhes para receber Tudo o que envolve um ambiente pode sim interferir no modo como recepcionamos as pessoas e na experiência que elas vivenciarão naquele espaço. Nesse contexto, detalhes que possam parecer insignificantes, como a iluminação, o som, os cheiros, a disposição dos itens ou até mesmo um quadro na parede, passam mensagens complementares. “Sempre oriento meus clientes a não desconsiderarem um projeto luminotécnico propício para esses cenários. Com um sistema de áudio e vídeo, um telão ou um TV são muito bem-vindos para transmitir um show bacana, um filme ou até mesmo uma partida de futebol”, exemplifica a arquiteta. |