A notícia mais comentada nesta semana (depois é claro do caso do mendigo de Planaltina), foi mais um escândalo no Governo Federal envolvendo o Ministro da Educação e o uso do Ministério como moeda de intermediação para obtenção de verbas em troca de “apoio político”, manipulada por pastores evangélicos[i]. De saída é importante destacar que não existe a intenção de enxovalhar a imagem e a função religiosa das diversas igrejas evangélicas que pululam pelo país evidenciando uma dúvida: elas crescem porque há um fervoroso apelo por mais leitores críticos do novo testamento, ou porque, talvez, sejam uma fonte rentável de recursos lícitos?
Deixo aqui registrada a minha dúvida, frisando que tenho como vital para o relacionamento humano a existência de boa-fé, razão pela qual não quero generalizar, muito menos achincalhar quem quer que seja, afinal, sou um ecumênico convicto e creio que a fé humana pode sim mover montanhas e remover obstáculos. De qualquer modo, meu objetivo aqui é tentar compreender as razões pelas quais indivíduos que se dizem pastores religiosos podem se usar de seu status para angariar vantagens ilícitas para benefício alheio.
O primeiro detalhe (pois, como dizem, o diabo está nos detalhes), diz respeito só fato de que os dois pastores citados como intermediadores em nome do Ministério da Educação não possuem nenhum vínculo com a pasta, como também são ilustres desconhecidos das lideranças evangélicas influentes, porém com livre e frequente acesso ao gabinete do Ministro o que por si só já constitui elemento digno de suspeita.
[i]https://querobolsa.com.br/revista/crise-no-mec-em-audio-ministro-da-educacao-afirma-favorecer-pastores-entenda-o-caso
Autor:
Antonio J. Trovão
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