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quarta-feira, 24 de julho de 2024

Respeito é bom! E você, gosta?

Abordar este tema é, apesar de eventualmente não parecer, um tema sensível que a muitos pode parecer “démodé (fora de moda). Usos e costumes ao longo dos séculos sofreram profundas modificações transformando o “errado” em “certo” ou, pelo menos, aceitável por sociedades também em permanente transição.

Algumas coletividades mais rigorosas ou rígidas mantem-se fieis a preceitos milenares, principalmente as de carater religioso mundo afora. Oriente e ocidente não, raro, encontram-se em desalinho quanto a aceitação plena de seus fundamentos em essência.

A palavra respeito provém do latim “respectus” e significa “atenção” ou “consideração”. De acordo com o Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, o respeito prende-se com a veneração ou a obediência para com alguém. O respeito inclui cuidado, consideração e deferência.

Do lado ocidental, a globalização vem, lenta e pesistentemente, desde os tempos do fim da Segunda Guerra Mundial em 1945, modificando culturas e regras observadas por todas as etnias. Uma das mais expostas é a transformação do conceito de permissividade – permitir, concordar e aceitar determinadas práticas e ações consideradas erradas em contraste com as normas justas da moral e os bons costumes na visão de significativa parte de sociedades com populações majoritariamente jovens.

O processo que se “atualiza” a aproximadamente cada dez ou quinze anos, torna o seu desenvolvimento e consequentes juizos de valor deixados a cargo de Sociólogos e Antrópologos.  A nós, adaptar-nos (ou não!)

Longe de ser um estudioso do assunto, e ousado ao abordá-lo, vejo sem apreensão o pensamento de Lavoisier – “na vida nada se perde, nada se cria, tudo se transforma” – mostrando o equilíbrio da vida em contante mutação.

Claro está que gerações que vão avançando nos anos se ressentem com o regurgitar imponderável de “regras” impostas, muitas admita-se, arcaicas mas de difícil digestão.

A propósito –  e para tornar este assunto menos indigesto – lembro-me que em minha adolescência carioca, nas praias de Ipanema, Copcabana e Leblon, havia um delegado que cumpria com rigor uma “ordem”, não sei de quem, que proibia qualquer cidadão de ir à praia – pasme – sem camisa!!! O século já era o XX meu senhor, minha senhora. E o maiô das moçoilas começando a se apresentar com duas peças bem comportadas. Vixe!

Respeito é bom e eu gosto, dizia-se antigamente. Eu, ao longo do tempo, fui educado e eduquei (tentei…) meus filhos observando os mais elementares sinais de respeito: bom dia, boa tarde, boa noite, por favor, tenha a bondade de, obrigado, respeitar a ordem de entrada e saída dos mais velhos, identificar-se primeiro ao chamar alguém ao telefone e por ai vai.

E agora, para encerrar e na contramão, se você pensa que a história do uso do dedo do meio – “Digitus impudicus” – é da sua geração aprenda: a primeira menção escrita do dedo do meio como uma forma de insulto data de 423 a.C. na peça “As Nuvens”, do poeta grego Aristófanes. Nela, o personagem, Estrepsíades, faz uma piada comparando o dedo do meio ao pênis. Touché!

Autor:

 Roberto Alves de Athayde   

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