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quarta-feira, 24 de julho de 2024

Apreensão e expulsão de brasileiros nas fronteiras dos EUA crescem 590% em um ano

O Serviço de Alfândega e Proteção das Fronteiras dos Estados Unidos (CBP, na sigla em inglês) anunciou nessa sexta-feira (18/2) que a quantidade de imigrantes ilegais expulsos ou detidos tentando entrar pela fronteira sul do país, que faz divisa com o México, caiu 14,1% em janeiro na comparação com o mês anterior. Foram 153.941 encontros – termo técnico usado pelo órgão – contra 179.219.

Frente a janeiro de 2021, no entanto, houve um salto de 108%. Naquele mês, foram registrados 73.994 encontros pelos oficiais do CBP.

“O grande número de expulsões durante a pandemia contribuiu para uma quantidade maior do que o habitual de migrantes que efetuaram múltiplas tentativas de passagem pela fronteira, o que significa que o número total de encontros supera um pouco o número de indivíduos diferentes que chegaram à fronteira”, afirmou o órgão em nota.

Para o advogado de imigração e sócio-fundador do escritório AG Immigration, Felipe Alexandre, “a saída de Donald Trump da presidência e o consequente fim de suas duras restrições imigratórias têm feito com que mais estrangeiros tentem entrar nos Estados Unidos”.

Todas as fronteiras dos EUA

Considerando a fiscalização em todas as fronteiras, os oficiais de patrulha detiveram ou expulsaram um total de 186.003 imigrantes em janeiro deste ano – uma queda de 9,5% na comparação com dezembro e uma elevação de 95,2% diante de janeiro de 2021.

Enquanto a fronteira sul respondeu por 82,7% de todos os encontros registrados pelo governo americano no mês passado, a divisa norte (com o Canadá) contabilizou 17,3%.

Brasileiros ilegais

Em janeiro, os brasileiros responderam por 1,61% das apreensões e expulsões realizadas pelo CBP nas fronteiras americanas. Foram registrados 2.995 encontros com cidadãos do Brasil, o que representa um recuo de 63,6% frente a dezembro (8.235). Na variação anual, porém, houve crescimento de 590% sobre os 434 encontros de janeiro de 2021.

Durante todo o ano passado, foram 80.600 encontros com brasileiros, uma elevação de 1.569% diante dos 4.829 registros de 2020.

“É sempre importante ressaltar que ao entrar de maneira ilegal nos Estados Unidos, a pessoa corre o risco de ser identificada pelas autoridades, deportada e ser permanentemente banida de retornar ao país. Se no futuro ela quiser entrar de forma regular, já não poderá mais”, alerta o sócio-fundador da AG Immigration.

Autor:

Renato Santana

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