Este trabalho apresenta um estudo de caso na comunidade quilombola Chacrinha dos Pretos, em Belo Vale – MG, investigando a relação dos Saberes Tradicionais quilombolas como instrumentos de remodelagem de políticas públicas. Metodologicamente estabelecido em três componentes: A origem e conformação da Gestão Pública brasileira do Brasil Império até a República na modernidade. A descrição do território investigado e ao protagonismo das mulheres negras que articulam a interface entre os saberes. A relação investigada se estabeleceu no âmbito da Política de Saúde. A eficácia do conhecimento quilombola em atendimento à saúde demonstram a existência da hierarquização dos saberes que promove a inadequação da contribuição civilizatória na diáspora africana no Brasil. Protagonizada pelas mulheres negras. Evidenciando o determinismo do racismo como indicador social nas relações de poder. Finalmente, o estudo aponta caminhos de remodelagem institucional a fim de interromper o processo de descontinuidade das elaborações emancipatórias do Movimento Negro que possibilitam a formulação do conhecimento na literatura gerencial pública, inserindo o conhecimento adstrito no território nacional.
Palavras-chave: Quilombolas; Gestão Pública; Mulheres Negras; Saberes e Território.
Autora:
Ana Lúcia da Silva
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