Este trabalho tem por objetivo identificar as abordagens: tradicionalista, comportamentalista e humanista dentro da narrativa do livro Pinóquio às Avessas.
O menino Felipe queria muito cuidar de pássaros, era esse o seu sonho, estava ansioso para entrar na escola, acreditando que lá iria aprender sobre todas as coisas que queria saber, até entrar de fato na escola, onde tudo o que queria aprender foi-se substituído por coisas que “deveria” aprender segundo a grade curricular.
A pressão da escola e de seus pais para que o garoto ‘fosse alguém na vida’, fez o garotinho esquecer-se de seu sonho de infância, estudando para orgulhar sua família. Preliminarmente perceber-se que, o livro leva aos leitores a refletir do perigo da educação conservadora do sistema educacional, o qual vê a escola como uma parte fechada e protegida, onde a criança é confiada como um “pacote registrado” cujo acesso é cuidadosamente controlado. Na abordagem tradicional, a criança é vista como um ser incompleto, que precisa de um líder. O aluno é considerado uma tábula rasa, separada de suas experiências, atitudes, valores, hábitos de linguagem que refletem a cultura de sua família e seu meio social. Ou seja, os papéis de cada um estão previamente determinados. O aluno cala, escuta, obedece, e é julgado. O professor sabe, ordena, decide, julga, anota e pune. Por outro lado, ninguém pode se dizer politicamente neutro quando aceita a função de selecionar, de separar os “bons” que irão para a Universidade dos “maus” que terão de aceitar qualquer trabalho para sobreviver. Não devemos negar a importância da abordagem pedagógica tradicional. Entretanto, os educadores permanecem isolados dentro dos muros da escola, enquanto lá fora tudo muda: a sociedade, a vida, e os valores.
Autora:
Pyetra Kelly B. Ferreira
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