Pergunto-me o que sinto
Embora gigante, me sinto um pinto
Perdido num labirinto
Buscando a saída deste recinto.
Às vezes eu sinto
Sinto o aperto de um cinto
Sufocando-me, mas eu não consinto
Jamais aceitarei ser extinto.
Milhares de filhos partiram para um mundo distinto
Muita dor é o que eu sinto
Desta, vocês não têm ideia de um quinto
Muito pior que a chibata de um cinto.
Sinto agora um lado faminto
O estômago apertado por um cinto
Buscando comida num labirinto
Como parar a dor que sinto?
Eu não minto
Mas há mito sem sentir o que sinto
Aumentando a complexidade do labirinto
Como saber e entender o que sinto?
Busco um mundo distinto
A porta desse labirinto
Não pode haver ninguém faminto
Só sei que não sei o que sinto.
Poucos querem ver o que sinto
Insensibilidade, ou sensibilidade de instinto?
Tudo insolúvel, pressinto
Possibilidade de sangue cor de vinho tinto.
Cedo ou tarde saberei o que sinto
Já disseram, e eu consinto
Tudo será diferente e distinto
Esse momento será extinto.
Autor:
Francisco Martins Neto