Empresas que aderirem à transformação digital de forma mais eficiente terão mais chance de se tornarem mais competitivas daqui para frente, afirma executiva Carla Ricchetti
A crise da Covid-19 vem forçando empresas de vários setores da economia a implementar transformações digitais. Esse movimento está criando novas dinâmicas junto ao mercado, clientes, fornecedores, competidores e funcionários. Tendências como a flexibilização de jornadas, a automação de processos e o uso de inteligência artificial estão sendo adotadas em uma velocidade mais rápida do que se esperava.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano de 2020, 7,9 milhões de pessoas passaram a trabalhar remotamente, o que significa que houve boa adequação ao home office durante a pandemia por parte da mão-de-obra brasileira apta a desempenhar ofícios, na medida do possível, por meio de computadores, com acesso à internet e através de novas tecnologias.
A Covid-19 mostrou ainda que, para muitas posições, é possível trabalhar de casa e ser produtivo. Isso porque, antes da pandemia, fazer home office era uma atividade vista de uma forma pejorativa. Esse tabu acabou sendo dissolvido, já que muitas empresas estão abraçando a digitalização dos negócios para aumentar a produtividade e se manterem ativas. Algumas, inclusive, pretendem continuar adotando um modelo híbrido quando a pandemia estiver sob controle.
“Estamos em um momento histórico em que muitas tecnologias de ponta como computação quântica, inteligência artificial e 5G estão amadurecendo ao mesmo tempo. Isso vai desencadear uma grande onda de avanços nas economias mundiais nas próximas décadas”, explica Carla Ricchetti, executiva internacional focada em investimentos globais em sustentabilidade e tecnologia na International Finance Corporation.
“Um verdadeiro salto de inovação onde haverá disruptura de vários setores da economia e, com isso, afetará a forma como as relações de trabalho ocorrem. Nesse processo, profissões antigas estão morrendo e novas estão nascendo”, afirma.
Mas e quanto à gestão de pessoas? Seremos gerenciados por algoritmos ou robôs?
Um estudo de 2019 feito em parceria entre a Oracle e Future of Work Place mostrou que 64% das pessoas de fato confiam mais em chefes robôs do que em pessoas. Segundo esta pesquisa, no Brasil, essa porcentagem é ainda maior, de 78%.
A pesquisa também investigou os aspectos pelos quais estas pessoas prefeririam um ao outro. Os robôs seriam melhores com gestão de informação e tomada de decisões sem viés, sempre a partir de critérios e dados consistentes e evitando qualquer preferência pessoal. Isso inclui a resolução de problemas e a administração de orçamentos.
Por outro lado, os aspectos apontados para dizer que os gerentes humanos seriam melhores foram: atividades de liderança e treinamento pessoal, desenvolvimento de empatia, a compreensão dos sentimentos e a criação de uma cultura organizacional laboral. Todas essas são competências verdadeiramente humanas e difíceis de serem codificadas com precisão por meio de algoritmos.
Diante dessas questões, é possível observar que o grande segredo está na transformação organizacional e na parceria adequada com a tecnologia. “As empresas de sucesso serão aquelas em que os seres humanos tenham suas capacidades incrementadas pela tecnologia e pela inteligência artificial. Esse processo de harmonização está apenas começando e há muito o que aprender, testar e adaptar daqui para frente”, conclui Carla.
Contatos para pautas
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Autora:
Carla Richetti. Carla é official de Investimentos da International Finance Corporation (IFC), onde trabalha com tecnologias limpas, energia renovável e tecnologias disruptivas há 14 anos, e já viajou para mais de 95 países. Carla também compartilha suas experiências através do perfil de viagens Room & Spoon, no Instagram, que destaca hotéis e restaurantes que prezam por sustentabilidade e tecnologia.
Se pararmos para analisar, a pandemia trouxe coisas boas. O uso da tecnologia em coisas que nem se imaginava, o trabalho em casa, que poderia reduzir custos da empresa, dentre outros. Vale repensar nas reais necessidades dos funcionários e funções.