26Irai-vos, mas não pequeis: não se ponha o sol sobre a
vossa ira (Epístola de Paulo aos Efésios Capítulo 4) Bíblia de Jerusalém.
Você! Você mesmo! Você é uma pessoa de espírito dócil, ou seu temperamento, é como um vulcão próximo de uma erupção? Tudo tem um começo, primeiro pode manifestar-se a raiva, ela se transforma em ira, a ira manifestar o ódio, e o ódio poderá dar lugar ao ressentimento. Há pessoas com uma dificuldade gigantesca de perdoar, isto se dá; pela permanência do ressentir, isto é; sente, ressente; ressente e sente. (Ressentimento) sentir novamente, e/ou dar vazão ao que não foi esquecido. Porém; quero me ater ao fato da ira. É possível se irar e não pecar? Ou, no seu entender; toda a ira é pecado? Se toda a ira é pecado, por que, Paulo afirma: “Irai-vos e não pequeis?”. Nem toda ira é pecado, como também, posso lhe afirmar: “Nem toda ira é burra ou se constitui em um ato de imbecilidade!”. Paulo continua seu pensamento, seguindo na mesma linha de raciocínio, ou seja; “Não se ponha o sol sobre a vossa ira”. No entender do Apóstolo Paulo, a ira deve ter razões justas, deve ser um sentimento momentâneo, esporádico, e deve ter, seu prazo de validade, isto é; ela deve cessar, antes que o “sol se ponha”. Não se ponha o sol sobre a vossa ira! Como entender, a explosão de ira, quando do acontecido com Jesus, que expulsou os cambiadores do templo? Esse é um dos maiores exemplos de uma ira inteligente! Não simplesmente pelo ato de irar-se contra algo, mas sim; no sentido de que; o que aquele algo representava? Como Jesus devemos nos “irar” contra os mercadores de sua Palavra, contra às injustiças que são cometidas neste mundo, mas principal e especialmente; contra tudo aquilo, que vai de encontro à vontade de Deus! Há, um acomodamento muito grande por parte de muitos cristãos, em se tratando; de vida; de Palavra; de ensino; de doutrina, de comportamentos, pois; há muitas coisas que nos deveriam provocar “ira” a ira inteligente, porém; reflete um conformismo displicente e conivente, com tudo aquilo que vê, se faz; se vive e sente. Essa “ira inteligente” que deveria se caracterizar no “radicalismo” ético-moral; o qual ou quais; não deveríamos aceitar passivamente. Mesmo porque, o mesmo apóstolo que diz: “Irai-vos e não pequeis”, também, o diz: Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos, pela renovação do vosso entendimento. Um entendimento que não se ira “inteligentemente” não passa de uma complacência inaudita. Se nem todo ato de se opor é pecado, por que concordamos? Se todo sentido de dizer “não” é também, uma maneira de dizer sim, por que, não dizer não!? E se todo sentimento de irar-se, não se constitui em um ato de pecar, por que; sempre consentir? Ire-se contra o que for necessário, mas ire-se; com a ira inteligente. Caso você se ire, negativamente, e da maneira bestializada, reconsidere, se reconstrua, e nunca deixe-a amanhecer!
Porque, “não deixe o sol se por, sobre a vossa ira”.
Por: Telles dos Santos.