“… Ponde-vos, á margem do caminho e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, andai por ele, e achareis descanso para as vossas almas”.
Luis Felipe Pondé, em seu livro: “A Filosofia da Adúltera” diz que: “O problema é a opção”. De fato ter muitas opções não significa ter ás soluções. E isto, é presencial e experiencial, na medida em que, se vive um número extraordinário de problemas, além de ter uma visão verticalizada das coisas, sem manifestar uma capacidade de mensurar e perceber, dentro de uma visão horizontal do mundo, pessoas e problemas. Conquanto, às soluções não se apresentem e nem são apresentadas, na mesma dinâmica e não manifestam ás mesmas sincronias.
Se você disser que o que estou dizendo, não se aplica ao contexto em que o texto foi escrito, e nem mesmo; a sua aplicação inicial, serei obrigado a me curvar e dizer, realmente; você estará certo. Porém, um texto é apenas um texto, e palavras são apenas palavras, e tanto em um caso como no outro, sua aplicação e condução são variáveis e variantes, ainda que; sua primícia textual esteja direcionada a busca de Deus, como sendo o caminho certo. E na verdade, o primeiro caminho a ser procurado, na maioria dos casos, e na maioria das situações acaba ficando por último, como se fosse a última das opções.
No entanto, qual é o caminho? Como salienta Pondé, realmente a opção se torna um problema, principalmente, quando o problema, sobrepõe ás opções, sejam elas, nos níveis, comportamentais, pedagógicos, governamentais, políticos, futebolísticos, religiosos e espirituais.
Para dar apenas um exemplo, o “VAR” foi apresentado como a solução para os problemas de erros de arbitragem, que não em poucos casos, a opção acabou trazendo mais problemas, do que, apontar às devidas soluções. A quantidade de soluções, opções e caminhos, nem sempre significará a solução do (s) problemas. O homem, desde os dias primórdios, tenta buscar e criar, novas soluções para seus velhos problemas. As religiões é uma prova cabal do que estamos dizendo. O grande número de opções trouxe-nos, paliativos de soluções, quando em muitos caos, a opção, se tornou um grande problema. Em nome de “Deus” se mata, e muitas guerras que se deram no transcorrer da história foram alavancadas por questões religiosas, políticas e territoriais.
O que pensar da política? Na política, mais do qualquer outra área de atuação humana, a opção é um grande problema. Ainda, que se busque resolver os problemas optando por novas opções, como a renovação do quadro político atual, a ascensão política de uns e o enfraquecimento de outros, não necessariamente, significou a melhor opção, e muito menos, apontou o caminho. A pergunta de um milhão de dólares, ainda permanece, qual o caminho?
Bolsonaro é o caminho? Os partidos de esquerda, centro e direita é o caminho, se estamos supostamente, no caminho certo, por que, os problemas ainda permanecem?
Na pandemia, mais do que, em qualquer outra área, o problema é a opção. Como resolver um problema, quando não se buscou criar novas e substanciais opções? Quando os caminhos optados não te levam a caminho algum, que não sejam os caminhos de morte? “morte” econômica com o lúdico “isolamento social”, brincaram com a morte, e a morte, não brinca com ninguém, ela não tem senso de humor, apenas propaga o terror. A pandemia apresentou duas opções, Reconhecer sua enorme capacidade destrutiva, e /ou, buscar o caminho bom. Isto é; a preservação da saúde, como forma essencial da preservação da vida. Realmente, Pondé tem toda a razão, quando diz: a opção é o problema! Trump preferiu juntamente com Bolsonaro, ignorar o problema para não ter que pensar nas opções, contudo; você pode ignorar o problema, e fazer de conta que ele não existe, porém; o problema jamais te ignora.
O governo acordou tarde para o problema, quando o problema parecia sem opções, é que se optou em enfrentar o problema. Nossa pergunta, ainda; apesar das inúmeras opções, ainda assim; não se conseguiu solapar os problemas, os quais; por mais um problema de opção, se tornou um gigantesco problema. Transportar pacientes de um estado a outro é uma opção. A esta opção o problema rui, como num tom de ironia. A Cloroquina surgiu como uma grande opção, no entanto; criou mais problemas do que necessariamente, soluções. Troca de ministros se apresentou como uma “grande” opção, pois como se faz no futebol, se o técnico não consegue ganhar o jogo, logo a melhor solução é trocar o técnico. Também, neste caso; o problema continua irônico e sagaz, “sou tão grande assim, que vocês não conseguem resolver?”. O Problema é a opção. Muitas vezes, as opções revelam serem os problemas, em um mundo com tantos problemas e opções, Deus olha lá do alto, com olhar sentido e paterno, e nos diz: “Ei!” Qual é o problema?”. “Há Séculos, milênios, vocês estão criando problemas, Qual é o problema? O problema é a opção.
“… Sem mim, nada podeis fazer” Enquanto Deus não for à solução de nossos problemas, continuarei dando razão ao Pondé, isto é; “A Opção é o problema”.
“… Ponde-vos a margem do caminho, e vede e perguntai pelas veredas antigas, perguntai qual é o caminho, e andai por Ele, e achareis descanso para as vossas almas”. O caminho é menos procurado, e é, o mais relevante. Jesus!
Enquanto você focar nas opções e não, na solução, as opções não resolverão os problemas, porque, só há uma solução. E, siga o caminho apresentado pelo texto, e você mesmo (a) saberá qual a solução, porque, as opções, todos sabemos.
Autor: Claudinei Telles dos Santos.
