O preço dos combustíveis tem sido uma tormenta para toda a população brasileira e nunca nos indignou tanto. É comum vermos cidadãos se perguntando, “se temos petróleo abundante por que pagamos tão caro pelo combustível refinado”? Com o intento de evidenciarmos os motivos reais vamos mergulhar numa análise retrospectiva para evidenciar cientificamente o entendimento dos motivos que produziram essa alta galopante nos preços das matrizes energéticas derivadas do petróleo. Agruparemos as conexões de raciocínio das causalidades numa ordem cronológica retroativa a fim de recuperarmos a memória do leitor do evento causal mais próximo até o mais distante. Neste trajeto notaremos então que esse galope tem ocorrido em virtude elementar do aumento de demanda, da restrição de oferta, da escolha do governo federal em não reduzir o percentual de etanol aditado na gasolina, da elevação do custo dos biocompostos, da entrega da BR distribuidora para o capital estrangeiro, da política monetária cambial de desvalorização da moeda (R$ frente ao U$), por sobremaneira da política de paridade de preço da nossa estatal – Petrobrás –, da falta de lealdade da política monetária à uma fidedigna prática mercadológica e, unicamente, perceberemos que nunca foi por causa direta dos ICMSs estaduais como vem tentando tergiversar o nosso presidente perante a mídia e dentro das redes sociais. É ainda imperativo empreendermos que numa ordem de grandeza simbiótica de princípio e fim, de razão e objeto, o art. 22 da Constituição Federal de 1988, em seus incisos VI, VII e IX ordena serem atribuições privativas da União legislar sobre sistemas monetários e de medidas, títulos e garantias, políticas de créditos, câmbio, seguros e transferência de valores, bem como, dirigir a política nacional de transportes.
Autor:
Rodolpho de Souza Sodré Rangel
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Muito boa abordagem, parabéns.