(Pura ficção, qualquer semelhança com a realidade, é mera coincidência)
TV ligada. Domingo no seio da família. O tempo ia passar de qualquer jeito. Assim, fiquei atento as notícias internacionais em rede nacional; “Sheik do Emirados gasta quinze milhões de dólares para desfrutar de um campo de polo particular, reservado só para amigos selecionados”. Ele só importa cavalos argentinos. Alguns chegam a cifras de cento e cinquenta mil dólares porque são os melhores, afirma o Sheik ao repórter.
Sua esposa, voluntariamente mostra a coleção de joias: Anel comprado em Paris; Quatrocentos e cinquenta mil dólares – outro comprado nos EUA, e… mais zilhões em compras em diversas partes do mundo. Viajamos muito, ela afirma. Sabe: nosso jatinho custou…
E o Sheik continua: esses charutos são feitos a mão em Cuba, como não fumo, são exclusivamente para meus amigos. Marca única no mundo.
Ninguém: nem presidentes, nem o Papa – este não fuma, mas se fumasse não os teria.
“Gastei quatrocentos mil dólares para ter esta exclusividade”. Aqui, onde vivo, não existe este costume.
Dizem que entre estes Reis, Rainhas, Princesas e Sheiks, só uma vez na vida, passam pela movimentação involuntária; defecar seus objetos sólidos e líquidos dos seus preciosos corpos num local público, onde só tem dois banheiros; do lado esquerdo um mendigo morador de rua com a mesma necessidade. Sobra-lhes o lado direito, e aí…
Qual é “La Petit diference”? Quem pensou nenhuma… Acertou! Sábia natureza, imbatível em demonstrar de maneira singular como igualar a igualdade da espécie humana…
Autor:
Jaeder Wiler
