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quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Ouarzazate, Hollywood do cinema internacional

Ouarzazate, um cidade situada no sul de Marrocos, cercado de montanhas em forma de V, pelo norte a cidade de Marrakech, porta do deserto para o (Saara), conhecida como uma pequena cidade vermelha, empoleirada nos últimos planaltos do Atlas, cujas vias de acesso ao sul de Marrocos passam por deserto árido, ao longo do ano e um frio insuportável no inverno.

Tal cidade, situada a 50 km da tribo de Igrarna, Agdim, não longe do sítio arqueológico, descoberto onde os restos de Dinossauros. O povo amazigh vive nestas localidades de plantação e criação de animais, como ovelhas e animais em particular, cujas montanhas em torno de Alto Atla constituem uns atrativos, apesar das dificuldades de acesso a estes lugares remotos.

Segundo a legião estrangeira, tal região de Ouarzazate foi obra dos Franceses, durante o protetorado, criando uma pequena medina, agrupando uma série de Kasbah como Taourirt. Cujo palácio, dito Taourirt, conhecido por seus rituais anuais, famoso pelo rituais do Al Hdart, Rmmaa, finalizando com o festival do Sidi Daoud, santo Marabu, crença ritual dos amazigh, manipulada graças à elite, sobretudo da época colonial.

Trata-se dos povos amazigh, habitantes destas localidades, recordando na história os arquitectos destes monumentos históricos. remontando à dinastia do Abou Abbas Ahmad al-Mansour (??? ?????? ???? ???????), Ad-Dhahbî  (“dourado” em árabe), sexto sultão da dinastia saadiana do Marrocos, de 1578 a 1633, considerado o articulador e investidor nos palácios de Kasbat, como meios de interseções de repouso dos caflas transportando as especiarias do sul para o norte, e de oriente para o ocidente.

Outro aspecto revelador desta cidade milenar foi a sua história como cidade, tornando-se o Hollywood marroquino, cujos três estúdios, para filmes sucessos de muitas quilometragens nacionais e internacionais, a exemplo das novelas brasileiras, Clone, Última tentativa de cristo, entre outros.

Descrito também que esta cidade, só lhe é atribuído o estatuto de cidade, graças à lei real, 13 dezembro de 1933, e Dahir de 8 de maio de 1934, passando a ter título da cidade.

Até então trata-se de uma tribo, fazendo passagem entre as outras tribos, como ponto de passagem norte, oeste, e sul, base de muitas expedições e sítios de exploração, tornando-se esta cidade o maior centro de energia solar na África.

 Mas a Interrogação que persiste é quem ganha e perde neste gigante projeto de dimensão internacional?

Nas situações de neve e chuvas torrenciais, o povo quem perde, a falta de estruturas capazes de evitar as perdas humanas e diminuir o sofrimentos caso da interrupção das pistas ligando a cidade das tribos.

É importante recordar que este sítio situado, não longe de minha tribo natal, Agudim, conhecido pelo termo pejorativo Igarnan, cercado triangularmente por  Sakura, e  Imagran, foi o predestinado, rumo ao centro urbano mais importante da vida, jamais conhecido antes, 1989, chegando a São Paulo, proveniente da tribo precitada, visando estudos universitários em Universidade do Estado de São Paulo,  aproveitando os estudos e a integração profissional,  para conhecer este imenso País, do tamanho do continente, Rio de Janeiro, Rio grandes do Sul, Belém, Curitiba, e norte, Rio Grande do Norte e Amazonas, para não dizer mais, recordando tal história repleto de dedicação e engajamentos a título de sonhos, realizações, apesar da dificuldades linguísticas, Tachelhit e portugués, tornando-se no final uma parte de uma mesma moeda.

Oportunidade também a comentar foi sobre a riqueza, cultural, espiritual compartilhada com o Brasil, uma vez que muitos marroquinos e brasileiros, atuantes no setor do turismo seja nas ( Maison dote) entre outros nas dunas de areia em Zagora, Merzouga, ou nas Kasbah de Taourirt ou Ait Benhaddou.

Destaca-se também a importância da relação do Marrocos e Brasil, 2021 e 2022, foi a abertura de escritório da Câmara do comércio Marrocos – Brasil, coroado da visita de muitas autoridades brasileiras de alto nível nas províncias do sul, Saara marroquino, traduzindo os laços existentes entre marroquinos, naturalizados brasileiros, Lahcen EL Moutaqi, Said El Moutaqi, Mourad…, escolarizados integrados no tecido brasileiro, conhecidos como embaixadores ambulantes, neste país, por trás filhos bem sucedidos, Jaber, Marouan, Tariq, Khalid, objeto de laço paternal para outras  gerações entre as partes, brilho de uma época que repercute no trilho das futuras gerações.

O Brasil e Marrocos compartilham algo, pelo menos nestes dia, assiste-se através dos jornais e TV, a importante intervenção do governo Lula, acompanhado de ministros, e do ministro da integração a título de uma ação integrada, visando a conter os prejuízos, decorrentes desta estratégia humanitária das precipitações, instando para uma ação da população e dos estados, atendendo aos desabrigados, nestas situações difíceis das chuvas e temporais.

Para Marrocos como para o Brasil, os dirigentes são convidados a investir nas infraestruturas para melhorar a vida dos povos destas regiões susceptíveis de precipitações naturais, caso da região de Ouarzazate, cujas tribos de Igarnan, Agudim, isoladas devido a neve, impedindo qualquer ajuda, razão pela qual se insta tantos os governos de Marrocos, como do Brasil, consequência das graves inundações nas regiões do norte de Estado de São Paulo, desfigurando a imagem das grandes cidades, numa Tragédia e calamidade sem precedente, seja no Bertioga, ou nas praias do sul, de São Sebastião.

Perguntando sobre o que pode melhorar  esta situação, não só em termos da coleta de esgoto, para minimizar as catástrofes naturais, mas também como investir de forma maciça nas infraestruturas sociais e moradias adequadas?.

 Assim se pode proteger e permitir aos investidores brasileiros e marroquinos a possibilidade de conhecer um por outro, dados preveem  ainda que o mandato do Presidente Lula possa trabalhar no sentido de aumento de negócios entre Brasil e Marrocos, num contexto da estabilidade e segurança das províncias saarianas oferecendo, parcerias em diferentes setores socioeconômicos.

Autor:

Lahcen EL MOUTAQI. Professor universitário-Marrocos

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