Unidas pela criatividade: a jornalista Mônica Salgado (à esquerda) e a arquiteta Ana Rozenblit (à direita) compartilham a paixão pelo décor e pelas redes sociais. Juntas, somam quase 1 milhão de seguidores no Instagram | Foto: Edson Ferreira
Autora do projeto, a arquiteta Ana Rozenblit, da Spaço Interior, trocou o tapete, remanejou móveis e acrescentou novos objetos. As ideias transformaram o visual do espaço sem a necessidade de reforma; confira o resultado e inspire-se!
Da relação arquiteta/cliente nasceu uma amizade cheia de cumplicidade. Ana Rozenblit, que comanda o escritório Spaço Interior, já fez diversos projetos para a jornalista Mônica Salgado e sabe que, de tempos em tempos, a jornalista sente vontade de repaginar a decoração. Mônica não é fã de mesmice e gosta do frescor da novidade. Além disso, usa a casa como cenário para a produção de conteúdo quando exerce seu lado influencer, o que aumenta ainda mais o desejo de variar a paisagem. Um ano após a conclusão da reforma do imóvel, para onde a família se mudou em 2020, a moradora chamou a arquiteta para renovar alguns ambientes.
Foram intervenções pontuais, mas muito potentes. Ana tirou partido dos móveis e objetos soltos, fáceis de movimentar, e do poder transformador dos acessórios, como o tapete com estampa gráfica. Vamos conhecer?
Ana Rozenblit projetou um décor cheio de personalidade: os ambientes funcionam como cenário para a criação de conteúdo e refletem a personalidade solar da Mônica | Foto: Edson Ferreira
Veja quatro ideias colocadas em prática na área de estar da casa e perceba o efeito estético que as adequações, embora simples, conseguiram produzir. Isso tudo sem precisar de reforma:
Visual leve para a estante No projeto anterior (à esquerda), a estrutura da estante tinha madeira no tom natural, afinada com a proposta de arquitetura sensorial e o fundo do móvel exibia um cinza sóbrio e elegante. Na versão atual (à direita), uma nuance mais suave de cinza cobriu o corpo da peça, resultando num ambiente claro, divertido e descolado | Fotos: Kadu Lopes (antes) e Edson Ferreira (depois)
Antes: as plantas colocadas nos nichos da estante combinavam com a linguagem natural do móvel. Como todos os objetos estavam envoltos pelo cinza escuro do fundo, a composição ganhava um caráter mais circunspecto, conceito reforçado pela disposição simétrica das luminárias | Foto: Kadu Lopes
Depois: a leveza não vem só do cinza-claro aplicado à estrutura da marcenaria. O fundo da estante ganhou um tom nude, na área central, e placas de espelho, que refletem e ampliam a luminosidade, além de quebrar a monotonia. Objetos ornamentais da decoração anterior deram lugar a livros coloridos e vasos em tons rosé, que trazem a alegria e a delicadeza das candy colors | Foto: Edson Ferreira
Objetos mais atraentes na mesa de centroAntes: os itens de decoração da mesa de centro eram sóbrios e faziam conexão direta com a composição de peças à mostra na estante. Além disso, a tonalidade da própria mesinha era mais escura, o que evocava uma estética rústica | Foto: Kadu Lopes
Depois: vasos de formas e tamanhos variados ganharam ar de coleção graças à escolha do mesmo material para todos – o vidro incolor. A transparência das peças valoriza o arranjo de orquídeas, enquanto livros de arte dão personalidade ao conjunto. Como base para a composição, a mesa de centro assumiu um tom mais claro, afinado com o clima jovial do novo décor | Foto: Edson Ferreira
Troca de peças entre ambientes Uma dica simples quando a ideia é renovar a decoração de forma rápida: observe os móveis que você já tem e pense se eles poderiam mudar de ambiente e desempenhar outros papéis. Ao fazer as peças passearem pela casa, você exercita a criatividade, explora todas as possibilidades de cada item e também economiza na repaginação do décor.
Antes: o carrinho de chá ficava ao lado do grande sofá, na sala da lareira, ambiente que faz a ligação entre a varanda e o living. O móvel cumpria a função de mesa lateral e de apoio | Foto: Kadu Lopes
Depois: posicionado entre as duas poltronas da sala de estar, o carrinho de chá passou a oferecer suporte para livros de arte, vasos e uma garrafa de água. Na nova configuração, o móvel está melhor aproveitado porque fica preenchido em tempo integral e sua estrutura dourada foi valorizada pela colocação de um cachepô do mesmo tom na prateleira inferior | Foto: Edson Ferreira
Substituição do tapete Responsáveis por dar um toque caloroso ao piso e tornar os ambientes mais confortáveis, os tapetes também cumprem a função de delimitar espaços e transformar o mobiliário solto num conjunto que fala a mesma linguagem, ao servir de elemento de ligação entre as peças.
Antes: Como a estante e os objetos já proporcionavam um ambiente sóbrio, elegante e clássico, o tapete em cor neutra também seguia essas características | Foto: Kadu Lopes
Depois: o modelo anterior foi trocado por um tapete com estampa gráfica, graúda, que remete às estrelas, escolha que proporcionou clima lúdico ao ambiente e elevou o décor como um todo. Além disso, a peça é maior, de modo que os móveis do estar agora ficam completamente dispostos sobre ela. Esse recurso amplia visualmente a área e reforça a unidade visual do projeto | Foto: Edson Ferreira
Sobre a Spaço Interior Presente há 24 anos no mercado de arquitetura e decoração, a Spaço Interior Arquitetura tem no comando a arquiteta Ana Rozenblit. O escritório realiza dezenas de projetos por ano, que vão desde pequenas reformas até casas completas. As maiores inspirações da arquiteta vêm dos desafios propostos em cada obra. Sempre atenta às novidades do mercado e às necessidades do cliente, desenvolve soluções criativas e inusitadas para imóveis dos mais variados tamanhos.
Antes: os itens de decoração da mesa de centro eram sóbrios e faziam conexão direta com a composição de peças à mostra na estante. Além disso, a tonalidade da própria mesinha era mais escura, o que evocava uma estética rústica | Foto: Kadu Lopes
Depois: posicionado entre as duas poltronas da sala de estar, o carrinho de chá passou a oferecer suporte para livros de arte, vasos e uma garrafa de água. Na nova configuração, o móvel está melhor aproveitado porque fica preenchido em tempo integral e sua estrutura dourada foi valorizada pela colocação de um cachepô do mesmo tom na prateleira inferior | Foto: Edson Ferreira
