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quarta-feira, 28 de agosto de 2024

E se a cidade fosse nossa

Em meio aos arranha-céus imponentes e às praias de areia dourada, Fortaleza esconde segredos que desafiam sua beleza. Para a juventude que habita suas entranhas, a cidade é um paradoxo, uma terra de desigualdades marcantes, onde sonhos e realidade colidem. É um lugar onde a falta de segurança pública, aliada à presença predominante de facções criminosas, a carestia, o aumento da pobreza e os altos preços das passagens de ônibus deixaram cicatrizes profundas.

Nas quebradas da cidade, onde a juventude se reúne em busca de um alento para suas vidas, há uma carência aguda de equipamentos culturais. A ausência de praças, teatros e espaços culturais suficientes contribui para um distanciamento cada vez maior da cidade que, em teoria, deveria ser de todos. O talento, a criatividade e a energia dessa juventude permanecem subutilizados, enquanto a cidade é dominada por facções, cujo poder crescente apenas agrava a situação.

Mas não é apenas a falta de oportunidades culturais que afasta a juventude de Fortaleza. A truculência policial e a violência do corpo repressor também desempenham um papel importante nesse processo de distanciamento. Em vez de servir como um escudo protetor para os cidadãos, a polícia muitas vezes se torna uma ameaça à vida da população mais pobre da cidade, contribuindo para o sentimento de insegurança e desconfiança.

E se a cidade fosse nossa, imaginação e esperança se entrelaçariam em um novo cenário. Não haveria conflitos territoriais entre facções ou milícias. A polícia estaria verdadeiramente a serviço da proteção dos cidadãos, em vez de ser uma fonte de temor. A juventude teria acesso a empregos dignos e oportunidades culturais abundantes. A carestia que sufoca tantas famílias daria lugar a uma vida mais equitativa, onde a riqueza da cidade beneficiaria a todos.

Nesse cenário ideal, Fortaleza seria uma cidade onde todos os cantos e praças seriam palcos para manifestações artísticas e culturais, onde os teatros estariam sempre cheios de jovens talentosos e onde a diversidade cultural floresceria em sua plenitude. A juventude se tornaria o coração pulsante da cidade, impulsionando-a para um futuro mais brilhante, sem medo, sem carências e sem desigualdades.

O desafio, no entanto, é transformar esse sonho em realidade, enfrentando as complexas questões que Fortaleza enfrenta. A cidade só pode ser verdadeiramente nossa quando todos os cidadãos se unirem para lutar contra as desigualdades, a violência e a falta de oportunidades, e quando a juventude finalmente ocupar seu lugar merecido no centro da vida urbana.

Na última semana (06/10/2023) , as juventudes de toda a cidade se reuniram no 13° CONEF ( Congresso dos Estudantes de Fortaleza) e lá denunciaram não só tudo isso ja escrito mas como estão dispostas a tomar a cidade nas mãos e fazer a fortaleza dos sonhos da juventude. A fortaleza de fato da juventude, onde seus projetos não sejam atropelados pela gestão do momento ou seja usada como disputa para brigas eleitoreiras, com mais bolsas de iniciação artística e que as bolsas ja existentes tenha os seus prazos respeitados. Se a cidade fosse nossa não é uma inspiração, utopia ou sonho distante é na na porta do CUCA e que se desenvolva com cultura, educação e pleno emprego

Autor:

Alison Wesley Da Silva Oliveira

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