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terça-feira, 3 de setembro de 2024

Repúblicas militares entre a consciência elitista e projeto sionista 

Este artigo levanta-se questões sobre as repúblicas militares tanto da América do sul como do norte da África, as que contribuíram e construíram por parte a legitimidade “revolucionária” e “nacional”, da questão palestina, mas ao mesmo tempo serviram o projeto sionista, de um estado racial israelense-estados unidos sobre as terras árabes.

A questão que persiste sem resposta é quando o regime  militar do século XXI, semelhante ao da Nicarágua e Chile, ou em certas medidas ( Paraguai, Argentina e Brasil),servindo a consciência do poder voltar à elite argelina?

A maioria das repúblicas militares mantem-se posicionadas ao serviço do projeto sionista, uma entidade sionista ilegitimida, pretendida graças as revoltas e movimentos nacionalista, implantadas sob as condições da sobrevivência, da colonização e ocupação isrealense.

Percorrendo algumas páginas da história da região árabe, precisamente entre os meados do século passado e dosdias de hoje, conclui-se tal ideia, se os regimes militares agem com mínimo de objetividade e justiça, sob os poderes das repúblicas militares numa grande parte a pretensiosa legitimidade revolucionária e nacional, isso atende a voz do povo da Palestina, mas num círculo que serve o porjeto do movimento sionista.

Tal ideia atende também de fato a alguns mercadores de slogans, amadores da falsificação da história, ao invés da realidade e das apostas de bombas de fumaça, ou de qualquer um que os impõe a realidade como tal, num quadro de manipulações ou injustificação imaginárias sob estratégias de conspirações externas e traições internas.

Ao contrário do que alguns oposicionistas tentam impor, sob o regime dos livres Oficiais do Egito, em relação a principal crença e fé “eliminação de Israel”, com base nos fatos da história e contradições pressupostas. Esses regimes, cujo motivo principal, perturbar a opinião pública e aproveitar a entidade sionista emtermos da expansão e da ocupação Palestina, dadas grandezas zonas da geografiae das fronteiras da entidade israelense mantidas desde os anos 1948, e 1967, arrastando até hoje em dia.Tal estranho paradoxo entre os regimes militares árabes e a existência de Israel, enquanto o regime militar do Egito batia os tambores da guerra verbal, face a essa entidade, alimentandoefeitos sobre a chama da verdadeira guerra no Iêmen.20.000 soldados egípcios foram mortos naquela guerra absurda, ( Egito-Israel), um número de soldados suficientes para libertar a Palestina e outras colônias da África e Ásia.

Além de quatro bilhões de libras as quais foram despendidas nesta guerra fortuita, levando o pensador, Tawfiq al-Hakim, a  considerar a “consciência” humana, um parâmetro que deveria ter sido orientador da unidade e integridade.Interrogando sobre o dinheiro envolvido nessa guerra, se for investido no desenvolvimento do Egito? E ainda qual seria o campo egípcio, se cada aldeia tivesse alocado um milhão de libras desses bilhões, tornando-se regiões autônomas e desenvolvidas?”, cuja quantia proporciona enormes padrões de vida e nas medidas da época.

Passando da guerra do Iêmen à“guerra” do Setembro Negro numa éra do rei Hussein, da qual participaram osmilitares da Síria, bem como dos regimes golpistas, programados para romper o“barco árabe”, sob o pretexto de enfrentar o “entidade usurpadora” ematerialista ocidental.

Lembrando das posições destes regimes, estendendo-se até a fronteira com  Marrocos, consequências do conflito da Guerra das Areias, onde seus efeitos ainda pairam sobre o presente.E em todas as páginas dessa etapa histórica, expostas e abertas sobre os valores da leitura, fora do “borrão” ideológico, de modo imparcial e objetivo,tornando o justo não hesitar a responder com franqueza a tal interrogação:

Qual deles tem sido o mais sincero na defesa da Palestina; o regime militar revolucionário do Egito ou a monarquia “reacionária” de Faiçal? Dada relação entre os regimes o que mudou e alterou o mundo de hoje?

Com toda simplicidade, a zona do norte africana continua vivendo até hoje num vórtice, envolvendo toda a zona, sobretudo da União do Magrebe Árabe, UMA, 1988.

As últimas declarações do ministro das Relações Exteriores de Israel sobre a questão de “reconhecer amarroquinaidade do Saara” partem de análise e interpretação, da conjuntura vinculada a “pensar o mundo de hoje”, referendo a realização da cúpula “Negev2” no Marrocos, sem sair da manobra da extorsão isrealense, considerada muito mais maliciosa do que qualquer outra?

O velho paradoxo, que sempre alimenta uma guerra fria, sem razão de existir, uma vez o regime militar do vizinho oriental sub consequências das manobras militares e propagandas que surtem efeitos opostas, transformando a questão palestina como um “fundocomercial”,  e “ópio” de instrumentalização, em favor da entidadesionista, sem saída, complicando qualquer união dos árabes e consequentementes as condições da sobrevivência e existência.

Numa expressão mais clara, ondeo regime “revolucionário” e “nacionalista” coloca a “questão do saara”marroquina, numa situação de confrontação e atrito com seus adversários, bemcomo nas mãos das entidades num contexto confusa de barganha e chantagem.

Além de tudo isso, o que é surpreendente não é esse “velho hábito” dos regimes militares, desprovidos de legitimidade democrática ou mesmo da popularidade, mas sim motivo para uma consciência coletiva” falhar por parte da elite argelina,segundo o pensador Tawfiq al-Hakim – a exemplo da questão dos egípcios- por mais de um meio século, antes da desvenda das ilusões do golpe militar em 1952.

Perguntando se essa elite não percebeu que o “conflito do saara” é uma repetição da “guerra do Iêmen”?

Em relação a Argélia e seu povo, os quais não são considerados como os primeiros a receber as centenas de bilhões de dólares gastos nessa guerra absurda ( opondo ao Saara no Marrocos e Argélia, Mauritânia), ao longo de quase cinco décadas?Tal elite deve ainda ficar chocada ao tomar nota que cerca de 500 bilhões de dólares “foram em vã”, por motivo de um contrato pessoal, psicológico e histórico, relativo a um líder inspirador das guerras do oeste, sem disparar nenhuma bala no leste em defesa da Palestina, ocupada injustamente, com violência e opressão. 

Mesmo até com a sua divisão militar, o conflito continua a chamar, a Guerra de Outubro, 1975, levando ao Egito no dia do Eid al-Fitr, contro os confrontos estourados no dia 10 do Ramadã, consequências dos martírios, contando cerca de 170 soldados marroquinos mantidos na frente de Golã, após a traição das forças de Hafez al-Assad?

Perguntando por outro lado, se o retorno dessa elite civil pode elevar a opinião política e estratégica, diante da extravagância militar e tolice pública?

Em relação ao valor do dinheiro despendido para a causa palestina, em termos de propaganda, bem como dos militares orientais em contraste com os objetivos traçados contra qualquer ação de ocupação, do colono contraste a retornar à sua pátria natal, ao  “resgate” argelino ”, sob a máquina de guerra e propaganda?

É curioso também dizer que ninguém possa tornar a iniciativa, verdadeiras questões do regime militar na Argélia, ou a resistência a palestina, persistindo ao longo das seis décadas, com base do dinheiro e armas, bem como dos gangues, separatistas da Polisario, derramando o sangue dos “Irmãos” marroquinos nas fronteiras marroquinas?

Voltando a dizer  que esse dinheiro gasto na maquina militar epropaganda só poder servir a causa palestina, os militares orientais contra quaisquerterras ocupadas e mais ainda, obrigando o colono judeu a retornar à sua pátriaoriginal, rembolsando assim o dinheiro argelino, num resgate honoroso em prol dacausa arabé?

Mesmo assim, é estranho que ninguém tome a iniciativa e perguntar sobre o regime militar na Argélia, bem como a resistência palestina durante seis décadas, cujo dinheiro e armas gastos,atende as propostas dos gangues da Polisario, grupo separatista, derramando o sangue dos irmãos marroquinos nas fronteiras entre os dois países?

Assim não precisa sersuperinteligência para entender a equação, por que as mensagens de ordem emapoio à Palestina não surtem efeitos, mas ao mesmo tempo, continua a gastarbilhões de dólares para a “sedição” do saara, instrumentalizando o círculo daexpansão de normalização para com a entidade sionista, e as zonas do oeste eleste?

Tal posição estranho do apoio à causa palestina decorre das declarações, das propagandas, bem como das denúncias e solidariedades que não alcançam o nível da intervenção militar nem táticas arsenais, face a crítica ao Marrocos da iniciativa da “normalização” das relações com israel sob condições do respeito dos direitos dos palestinos e da resolução de dois estados, lado a lado em paz e estabilidade; enquanto aposição do regime argelino não atreve a dar a esta resistência palestina nenhuma credibilidade a não ser elevar a voz propagandista, sem marcar nem se quer um único tiro, até nos dias das crises humanitárias na Cisjordânia mantidas sob agressões bárbaras e revoltas populares.

Concluindo sobre a diferença existente entre normalização e oposição?

Tal elite militar argelina,governante, radical, sem razão de existir, elevando ao nível de contradições às impedir o avanço do país e sua prosperidade, longe sobretudo de uma consciência coletiva, a título dos elites francesas, segundo o pensador, Jean-Paul Sartre, da filosofia existencialista, das vozes libertadores e  posições contra a “guerra da Argélia”, numa época em, a consciência coletiva e dos pensadores, levaram o povo argelino ao nível merecido, antes de qualquer regime francês, dividir qualquer que seja território inegociável?. 

Autor:

Lahcen EL MOUTAQI

Professor universitário-Rabat, Marrocos

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