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quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Tour virtual e últimos dias da exposição do fotógrafo 

Walter Firmo no CCBB RJ

Termina na próxima segunda-feira, dia 27 de março, a grande exposição retrospectiva “Walter Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito“, no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro. Na última semana da exposição, além de poder ser vista presencialmente, a mostra também estará disponível virtualmente no site do CCBB RJhttps://ccbb.com.br/programacao-digital/walter-firmo-no-verbo-do-silencio-a-sintese-do-grito. Por meio de um sistema de câmera com movimento 360º e zoom, o visitante pode navegar por todo o espaço expositivo e conferir as 266 fotografias, produzidas desde 1950, no início da carreira de Firmo, até 2021. São imagens que retratam e exaltam a população e a cultura negra de diversas regiões do país, registrando ritos, festas populares e religiosas, além de cenas cotidianas.

tour virtual permite um passeio completo pela mostra, como se o visitante estivesse caminhando pelas galerias do Centro Cultural, sem sair de casa. A plataforma ainda permite que o usuário clique em cada uma das obras, podendo ampliar suas imagens, além de ter acesso a informações sobre as mesmas, a textos curatoriais e institucionais e áudio guias em português e inglês. Tudo de forma simples e intuitiva, como se realmente estivesse no espaço físico da exposição. 

Com curadoria de Sergio Burgi e Janaina Damaceno, a exposição apresenta um panorama dos mais de 70 anos de trajetória do consagrado fotógrafo carioca, que percorreu intensamente todo o país, mas sempre manteve um vínculo especial com o Rio de Janeiro, sua cidade natal, onde iniciou e construiu sua carreira e desenhou sua trajetória na fotografia, a partir da vivência de homem negro nascido e criado nos subúrbios e arrabaldes de Mesquita, Nilópolis, Marechal Hermes, Osvaldo Cruz, Vaz Lobo, Cordovil, Parada de Lucas, Vista Alegre e Irajá, territórios do samba de raiz e do permanente ronco da cuíca.

Dividida em núcleos temáticos, a mostra traz retratos memoráveis de grandes nomes da música brasileira, como Cartola, Clementina de Jesus e a icônica fotografia de Pixinguinha na cadeira de balanço, além de destacar a importante trajetória de Firmo como fotojornalista e de dedicar uma seção à fotografia em preto e branco do artista, pouco conhecida e, em grande parte, inédita.

A exposição é uma oportunidade para o público conhecer em profundidade a obra de um dos grandes fotógrafos do nosso país, que até hoje mantém seu compromisso pelo fazer artístico: “Aí está o meu relato, a história de uma vida dedicada ao fazer fotográfico, dias encantados, anos dourados. Qual a minha melhor imagem? Certamente aquela que em vida ainda poderei fazer. Emoções, demais”, afirma o fotógrafo.

A exposição é uma parceria inédita entre o Instituto Moreira Salles de São Paulo (IMS Paulista) e o Centro Cultural Banco do Brasil. A mostra seguirá para o CCBB Brasília, com abertura prevista para 18 de abril, e posteriormente para o CCBB Belo Horizonte. O patrocínio é do Banco do Brasil.

SOBRE O ARTISTA

Nascido em 1937 no bairro do Irajá, no Rio de Janeiro, e criado no subúrbio carioca, filho único de paraenses – seu pai, de família negra e ribeirinha do baixo Amazonas; sua mãe, de família branca portuguesa, nascida em Belém –, Firmo começou a fotografar cedo, após ganhar uma câmera de seu pai. Em 1955, então com 18 anos, passou a integrar a equipe do jornal Última Hora, após estudar na Associação Brasileira de Arte Fotográfica (Abaf), no Rio. Mais tarde, trabalharia no Jornal do Brasil e, em seguida, na revista Realidade, como um dos primeiros fotógrafos da revista. Em 1967, já trabalhando na revista Manchete, foi correspondente, durante cerca de seis meses, da Editora Bloch em Nova York.

Neste período no exterior, o artista teve contato com o movimento Black is Beautiful e as discussões em torno dos direitos civis, que marcariam todo seu trabalho posterior. De volta ao Brasil, trabalhou em outros veículos da imprensa e começou a fotografar para a indústria fonográfica. Iniciou ainda sua pesquisa sobre as festas populares, sagradas e profanas, em todo o território brasileiro, em direção a uma produção cada vez mais autoral.

SOBRE O CCBB

Inaugurado em 12 de outubro de 1989, o CCBB está instalado em um edifício histórico, projetado pelo arquiteto do Império, Francisco Joaquim Bethencourt da Silva. Marco da revitalização do centro histórico do Rio de Janeiro, o Centro Cultural mantém uma programação plural, regular e acessível, nas áreas de artes visuais, cinema, teatro, dança, música e pensamento. Em 33 anos de atuação, foram mais de 3 mil projetos oferecidos ao público, e, desde 2011, o CCBB incluiu o Brasil no ranking anual do jornal britânico The Art Newspaper, projetando o Rio de Janeiro entre as cidades com as mostras de arte mais visitadas do mundo. O prédio dispõe de 3 teatros, 2 salas de cinema, cerca de 2 mil metros quadrados de espaços expositivos, auditórios, salas multiuso e biblioteca com mais de 200 mil exemplares. Os visitantes contam ainda com restaurantes, cafeterias e loja, serviços com descontos exclusivos para clientes Banco do Brasil. O Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro funciona de segunda a sábado, das 9h às 21h, no domingo, das 9h às 20h, e fecha às terças-feiras. Aos domingos, das 8h às 9h, o prédio e as exposições abrem em horário de atendimento exclusivo para visitação de pessoas com deficiências intelectuais e/ou mentais e seus acompanhantes, conforme determinação legal (Lei Municipal nº 6.278/2017).

Serviço: Walter Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito

Exposição: até 27 de março de 2023

Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro 

Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 – Centro

Rio de Janeiro – RJ

Telefone: (21) 3808.2020

Funcionamento: Segunda, quarta a sábado, das 9h às 21h. Domingo, das 9h às 20h.

Fechado às terças-feiras.

Classificação indicativa: 14 anos

Entrada franca, com ingressos disponíveis na bilheteria física ou pelo site do CCBB – bb.com.br/cultura.

Curadoria: Sergio Burgi e Janaina Damaceno Gomes

Assistência de curadoria: Alessandra Coutinho Campos

Pesquisa biográfica e documental: Andrea Wanderley

Produção: Tisara Arte Produções Ltda.

Autoria:

Midiarte Comunicação

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