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domingo, 1 de setembro de 2024

Seattle processa mídias sociais – elas prejudicam a educação

A administração da cidade americana de  Seattle entrou com uma ação judicial contra algumas big techs,  alegando que essas empresas são responsáveis ??por uma  crise de saúde mental entre os alunos, além de seus produtos afetarem diretamente a capacidade das escolas de cumprirem a missão de educar.

A queixa, apresentada em 6 de janeiro, é movida contra a Alphabet, cujo principal produto é o Google, a Meta (Facebook, Instagram, WhatsApp, Messenger),  a Snap (Snapchat) e a ByteDance (TikTok).

Na ação, Seattle alega que essas empresas, propositalmente, projetaram seus produtos para atrair crianças e jovens para suas plataformas, viciando-as.

As únicas empresas a se manifestarem até o momento foram a Alphabet e a Snap, que enviaram notas à agência de notícias Reuters – foram notas repletas de lugares comuns, como “estamos investindo pesadamente na criação de experiências seguras para as crianças” e “que o bem-estar da comunidade é nossa principal prioridade”.

Coincidentemente, dois dias após a entrada da ação judicial, conversamos com um professor da rede pública do Estado de São Paulo, que afirmou ser praticamente impossível qualquer aula de qualidade, face ao uso constante dos celulares pelos alunos.

Além dos problemas gerados por uma educação deficiente, é preciso lembrar que   as consequências de não se abordar as condições de saúde mental dos adolescentes se estendem à idade adulta, prejudicando sua saúde física e mental e também limitando futuras oportunidades.

É um problema muito grave, que merece a atenção não apenas dos governos, mas, principalmente, das sociedade.

Autor:

 Vivaldo José Breternitz, Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas

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