Eu não tinha ideia do que acontecia nessa época! Ficou conhecido como “O ano que não terminou”, ou como um período que abalou o mundo.
Calculo que na foto que inseri na imagem ilustrativa dessa crônica, eu tinha 4 anos e era o ano de 1968.
Acontecimentos na França, Itália, Alemanha, Estados Unidos, Brasil, México, Leste Europeu e China mudaram ou influenciaram a história, com movimentos relevantes na esfera política, social e cultural.
Mas o que poderia estar acontecendo no interior da criancinha que eu era?
Você consegue lembrar quais eram seus sonhos, desejos, necessidades e ambições quando era pequenino?
É uma época muito distante, Mas me lembro que talvez o meu maior desejo era que não houvesse brigas em casa. Meu pai tinha muitas qualidades, mas quando bebia, invariavelmente discutia com a minha mãe. E eu tinha a doce ilusão que estando por lá, eu poderia amenizar a situação. Então eu ficava sempre por perto, caso precisasse intervir. Eu pensava assim!
É impressionante a quantidade de fatos que se desenrolaram no Brasil e no mundo naquele ano! Basta apenas uma simples pesquisa para atestarmos a relevância de tudo que acontecia.
E eu (aquela criancinha da ilustração)? Me lembro que morava em uma casa de 3 cômodos, com meus pais e minha irmã. Ficava nos fundos da casa dos meus avós. Era sala, cozinha e quarto. Não tinha banheiro. Usávamos o que tinha na casa dos meus avós. O terreno era grande. Havia um fogão de lenha, e várias árvores no quintal. Com o tempo, meu pai aumentou a nossa casa, construindo mais um quarto e o banheiro.
No ano dessa foto de quando eu tinha 4 anos, acontecia em várias partes do mundo muitos protestos e manifestações.
E eu gostava de bolo. Essa foto da ilustração consegui dias atrás, com uma antiga vizinha que compartilhou fotos do seu aniversário. Eu estava no colo da minha mãe, e com meu olhar fixo e um pouco distante, com certeza não estava preocupado com o que estava acontecendo no mundo. Possivelmente apenas estava esperando o bolo (rsrs),
E assim os fatos vão se sucedendo!
O mundo vai se transformando, com todos os seus acontecimentos. E nós também!
Mas tudo que aconteceu, seja em 1968 ou em qualquer outra época, interfere no que é o mundo hoje? Aprendemos alguma coisa com isso?
E a criança que éramos? Também permanece em nós? A nossa “criança interior” permanece sempre conosco?
Eu busco acolher essa minha criança interior da melhor forma possível.
Também desejo que você acolha a sua!
Autor:
Edivaldo Santin
