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sexta-feira, 30 de agosto de 2024

A gente sai tentando amarrar nó em tantas agulhas, que nunca dá tempo de costurar

Às vezes me pergunto se ainda é possível se conectar de forma profunda com as pessoas por esses tempos. Conversamos com 300 pessoas ao mesmo tempo e não nos aprofundamos em ninguém, porque o outro dificilmente está por inteiro, ou até nós mesmo (assumo a culpa também). É só empréstimo, um aluguel de ouvidos e papo para o ar.

Conversas rasas onde persistem nos mesmos assuntos todas as vezes, parece que não anda. Sinto a sensação que a gente sai tentando amarrar nós em várias agulhas, mas nunca dá tempo de costurar. E quando menos esperamos, damos nós, em nós mesmos, com tanta linha solta.

Mas em meio a tanta linha solta, eu fico extremamente feliz em estar me bordando. Pois, são tempos de mergulhar para dentro.

Eu acho incrível que quanto mais eu nado para dentro de mim, mais eu descubro nuances, dentre tantas descobertas infinitas. Carrego um universo nos meus olhos, se é que me entende. Eu desbravo meu deserto a procura da minha fonte de água cristalina e a cada passo requer coragem, e sim, é cansativo, mas ao mesmo tempo, digo, na maioria das vezes, vale muito a pena. Porque o eu precisa deixar de ser a morada do desconhecido em algum momento da vida.

Nesse universo que o ser humano é, tem muitos planetinhas que ainda precisam ser explorados.

Autora:

Juliana Sena. Redatora Publicitária – Escritora no blog: O Mundo de Ju Wix. Gosta de escrever crônicas sobre o seu mundo: onde tudo é possível e toda dor é sublimada. Siga seu trabalho nas redes sociais através do Instagram: @primaverapoetica

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