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segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Posicionamento oficial: Nota de repúdio de Norton Reveno sobre a suspensão de contas de usuários que vendem milhas   

No dia 06 de setembro deste ano, 2022, o portal de viagens Melhores Destinos veiculou uma notícia dizendo que as empresas Smiles e Tudo Azul suspenderiam contas de usuários que, segundo elas, não estavam seguindo algumas regras dos seus regulamentos. 

E, diante disso, Norton Reveno, que é um famoso educador financeiro da internet, considerado o maior especialista em milhas e cartões de crédito do Brasil com mais de 10 mil alunos no curso autoral “Milhas Lucrativas”, decidiu se posicionar e divulgar esta nota de repúdio. 

“O que a Smiles e a Tudo Azul estão fazendo, é um absurdo. As nossas milhas são nossas por direito e não vão nos calar. Essas empresas estão dizendo que seus usuários estão infringindo as regras ao venderem suas milhas. Porém, vender milhas não é algo ilegal” alerta Norton Reveno. O especialista ressalta que “as companhias aéreas lucram bastante com a venda de milhas e essa é mais uma forma que elas encontraram de roubar nosso dinheiro.” 

Segundo Norton, uma prova de que vender milhas não é uma prática legal está na existência de empresas gigantes no mercado como 123 milhas, Max milhas e Hotmilhas. 

O educador financeiro explica que essas empresas compram milhas e emitem as passagens que vendem em seus sites, por meio dessas milhas. 

Norton Reveno ainda complementa que “se fosse algo ilegal, essas empresas não existiriam e, muito menos, anunciaram no horário nobre da TV e, até mesmo dentro dos aeroportos. 

O educador financeiro lembra que as próprias companhias aéreas utilizam faixas com anúncios dessas empresas para separar as filas de embarque e também nas passarelas (fingers) que os usuários utilizam para chegar ao avião.  

“Como a compra e venda de milhas pode ser algo ilegal se as companhias aéreas aceitam patrocínio de empresas que lucram fazendo isso? Não faz o menor sentido!”. diz Norton Reveno. 

De acordo com o especialista existe legislação para regular a atividade: “Vou além aqui. Existe um CNAE (Classificação Nacional de Atividade Econômica) de compra e venda de pontos e milhas em programas de fidelidade. A própria Smiles, quando tinha capital aberto na bolsa, utilizava esse CNAE.” 

Segundo ele, as próprias companhias aéreas vendem milhas para a 123 milhas e depois querem impor restrições aos usuários finais, que, de acordo com Norton, são o elo mais frágil dessa corrente, para que estes sejam prejudicados.

Mas no regulamento não diz que é ilegal? 

 “Você que talvez esteja dizendo pra si mesmo que está no regulamento que é proibido a venda de milhas e está do lado dessas empresas, só te digo uma coisa: Não existe nada na lei que impeça a compra ou a venda de milhas. Além disso, contratos podem ser abusivos e, nenhum contrato pode passar por cima do Código de Defesa do Consumidor”, esclarece Norton Reveno.  

Ainda de acordo com o educador financeiro, “vale destacar que mais de 90% dos pontos e milhas acumulados nos programas de fidelidade, são adquiridos de forma onerosa, ou seja, o consumidor final está pagando por isso. Não é algo que vem de brinde.” 

Menos de 10% são acumulados de forma gratuita, como por exemplo, quando o consumidor voa com a companhia aérea, explica Norton. 

“E agora, as companhias aéreas querem dizer aos usuários o que eles devem fazer com algo que eles pagaram para ter e começaram a suspender contas sem aviso prévio e sem provas?!”, se indigna. 

     “Se você compra as milhas e, ressalto aqui que mais de 90% das milhas dos programas de fidelidade são compradas, você tem o direito de fazer com elas o que bem entender”, defende Norton. 

“Imagina se empresas como Apple e Samsung dissessem aos seus clientes que eles estão proibidos de venderem seus smartphones quando não quisessem mais usá-los. Isso é inadmissível, não é mesmo?”, elucida Norton. 

O educador financeiro esclarece mais uma vez e se coloca à disposição para entrevistas: 

“Você comprou. É o seu direito! Minhas milhas, meu direito! Nossas milhas, nosso direito!” 

De acordo com Norton, se as companhias aéreas quisessem acabar com o comércio de milhas, elas ofereceriam milhas apenas como brindes pela utilização de seus serviços e não dariam a possibilidade aos usuários de comprarem milhas, assinarem clube de milhas e muitas outras possibilidades de adquirirem milhas pagando.  

Mas por que elas fazem isso então, Norton? 

“Advinha? Tá no bolso! Quando elas te vendem milhas, você já pagou por elas e assim elas levantam dinheiro. E qual a forma que elas podem usar para lucrar ainda mais? 

Te impedir de usar as suas milhas da forma que você bem entender 

É por isso que elas colocam data de validade nas suas milhas, oferecem produtos para você resgatar em troca de uma quantidade muito grande de milhas que não valem aquela quantidade”, explica Norton. 

Segundo o educador financeiro, quando as milhas expiram, o usuário não consegue mais resgatar uma passagem em uma determinada aeronave e, dessa forma, a companhia aérea pode vender o assento que seria dele. 

“Elas estão colocando dinheiro no bolso às suas custas e agora encontraram mais uma maneira de fazer isso”, explica.  

Segundo o especialista, as companhias aéreas ganham dinheiro quando vendem milhas e depois querem ganhar mais dinheiro sobre o comprador, não deixando que o cliente utilize as milhas da maneira que bem entender. 

 “Está tudo bem se ela vender as milhas e depois deixar que você utilize da forma que quiser. Ela já ganhou dinheiro ao oferecer aquele produto ou serviço que no caso são as milhas, uma nova forma de moeda”, resume Norton. 

De acordo com o educador financeiro, “tanto é uma forma de moeda que, em junho de 2022, um juiz reconheceu como possibilidade de penhora de bens, as milhas de um programa de fidelidade de uma pessoa que tinha perdido uma causa”, ponderam. 

“É o que eu sempre digo: Milhas são sinônimo de dinheiro! E as companhias aéreas estão roubando o seu com essa notícia que saiu no dia 06 de setembro. Mas, nós não vamos nos calar! Isso não vai ficar assim. Somos nós contra eles com essas cláusulas abusivas que querem passar por cima do Código de Defesa do Consumidor, mas nós não vamos permitir”, enfatiza Norton. 

O comércio de milhas está deixando as passagens mais caras? 

“Claro que não. O maior custo das passagens aéreas é o querosene de aviação”, explica Norton. 

O educador financeiro enfatiza que as companhias aéreas são espertas: “Elas emitem essa moeda, como eu disse, milhas equivalem ao dinheiro, recebem antecipadamente por isso e controlam o valor do resgate. Já está muito bom para as companhias aéreas. Elas já lucram bastante, mas agora elas querem roubar de você e de mim, consumidores, pessoas físicas, que somos o elo mais fraco dessa corrente.” 

Norton relembra: “o que eles não sabem é que nós somos milhares, nós somos milhões. E, contra todos nós, eles não podem.” 

O que os usuários podem fazer quanto a essas imposições dos programas de fidelidade? 

“Caso você se sinta prejudicado e queira aderir ao movimento de repúdio, eu recomendo que você faça uma reclamação no site Reclame Aqui contra os programas de fidelidade Smiles e Tudo Azul, que foram as empresas divulgadas na notícia que saiu, mas se você se sentir lesado por outro programa, fique à vontade para abrir mais reclamações também, apenas não deixe passar.” 

Norton recomenda também a utilização de uma ferramenta chamada CONSUMIDOR.GOV.BR que, segundo o especialista, é muito eficiente para assegurar o direito do consumidor, onde o usuário também pode abrir um chamado caso se sinta lesado em relação a práticas abusivas. 

“É claro, adicionalmente, caso queira, você pode entrar em um juizado especial cível, juntando todos os argumentos que eu apresentei aqui, porque causas de até vinte salários mínimos não tem custos processuais e, dessa forma, vamos criar um grande movimento”, orienta.  

O posicionamento de Norton é enfático: “Eles querem roubar o nosso dinheiro, mas nós somos milhões e não vamos permitir isso. Inclusive, eu mesmo, minha equipe e meus alunos já estamos elaborando uma ação judicial contra este roubo praticado pelas companhias aéreas por todos os motivos que eu já listei anteriormente. Seria fácil eles acabarem com isso se quisessem retroceder de uma decisão descabida, mas não, eles preferem nos roubar”, finaliza o educador financeiro.   

Sobre Norton Reveno: 

Norton Reveno é especialista em milhas e cartões de crédito, e fundador do sistema de educação financeira: Milhas Lucrativas. 

Já visitou mais de 90 países e negociou mais de 70 milhões de milhas aéreas até o momento – equivalente a mais de 1 Milhão de reais, Norton Reveno largou o cargo de Engenheiro de Petróleo concursado da Petrobras e saiu com um objetivo: democratizar o conhecimento de Milhas Aéreas ao povo brasileiro. Ajuda milhares de pessoas a lucrar todos os meses utilizando apenas o Cartão de Crédito e, já gerou mais de 3.000 cartões blacks para os seus alunos 

Idealizador da série Semana das Milhas, tem como objetivo único mostrar para a maior quantidade de pessoas que Milhas são Iguais a Dinheiro. Possui um canal no Youtube que conta com mais de 190.000 inscritos no YouTube, mais de 350.000 seguidores no Instagram e mais de 60.000 no TikTok, ou seja, mais de meio milhão de pessoas impactadas positivamente pela educação financeira. 

Autoria:

Ageimagem

2 COMENTÁRIOS

  1. Gostaria de informar, aos que desconhecem, que há limites de ganhos nesse COMPLEXO MUNDO DE MILHAS AÉREAS, já “decretadas” pelos “Srs Divinos”, nos seus próprios extensos regulamentos, (veja o Regulamento do Km, do Abastece Aí, dos Postos Ipiranga, parece uma “História Sem Fim”). Tem que “ralar” muito e muito, para conseguir uns míseros R$1.000,00 de lucro mensal. E inicialmente, dispor-se a investir seu próprio suado e achatado salário, vários meses e anos antes. Então esses bônus dos Programas e Clubes de Milhas aéreas, não são “presentinhos”. Sendo só conveniente para a Classe Média, que está cada vez mais explorada, com tantas injustiças impostas e impostos. . .

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