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segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Sete erros que podem fazer você perder dinheiro na aposentadoria

Especialista em direito previdenciário aponta equívocos comuns no planejamento que
podem reduzir o valor do benefício em mais de 30% e mostra como evitá-los.
São Paulo, SP – 30 de setembro de 2025 – Pequenos descuidos no histórico de
contribuição e a escolha errada da regra de aposentadoria podem resultar em uma perda
financeira que ultrapassa os R$ 150 mil ao longo dos anos. Muitos trabalhadores só
percebem o prejuízo quando o benefício já foi concedido, tornando a correção mais difícil e
demorada.
“A aposentadoria é um projeto de vida, mas muitos brasileiros a tratam como uma mera
formalidade burocrática. Esse descuido custa caro. Um erro na análise do histórico ou na
escolha da regra pode significar a perda do valor de um carro popular por ano no benefício”,
alerta a advogada previdenciarista Marceli Rodrigues, professora de pós-graduação e
especialista no tema.
Para evitar que isso aconteça, a especialista lista os 7 erros mais comuns que devem ser
evitados:

  1. Confiar cegamente no extrato do INSS (CNIS): O documento oficial pode conter
    falhas, como vínculos de trabalho sem data de término ou salários registrados com
    valor incorreto.
  2. Desconhecer as regras de transição: A escolha entre pedágio de 50%, 100% ou
    regra de pontos sem uma simulação prévia pode levar a uma aposentadoria mais
    tardia ou com um valor mensal significativamente menor.
  3. Ignorar períodos de trabalho “esquecidos”: Tempo de serviço militar, trabalho
    rural (mesmo em regime familiar) ou período como aluno-aprendiz são valiosos e
    podem antecipar o benefício.
  4. Não valorizar o trabalho em condições especiais: “Quem atuou exposto a
    agentes nocivos à saúde, como ruído ou produtos químicos, tem direito a uma
    contagem de tempo diferenciada. Para isso, é indispensável solicitar o Perfil
    Profissiográfico Previdenciário (PPP) à empresa, um direito do trabalhador”, explica
    Rodrigues.
  5. Contribuir com o valor errado: Contribuir abaixo do salário mínimo pode invalidar
    o mês de recolhimento, enquanto pagar sobre o teto sem necessidade pode ser um
    desperdício de dinheiro.
  6. Parar de contribuir antes da hora: Atingir o tempo mínimo de contribuição não
    garante o acesso a todas as regras. Interromper os pagamentos pode diminuir a
    média salarial e adiar o direito ao benefício.
  7. Pedir a aposentadoria no “piloto automático”: Aceitar a primeira simulação do
    INSS sem uma análise técnica prévia é abrir mão do “direito ao melhor benefício”,
    que obriga a autarquia a conceder a opção mais vantajosa para o segurado.
    Sobre Marceli Rodrigues:
    Marceli Rodrigues é advogada especialista em Direito Previdenciário, com ampla atuação
    em benefícios do INSS, regimes próprios de previdência (servidores públicos) e
    planejamento previdenciário. É também professora de pós-graduação, dedicando-se a
    formar novos especialistas e a descomplicar o acesso aos direitos sociais.

Autor:

Renan Adnet

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