Especialista em direito previdenciário aponta equívocos comuns no planejamento que
podem reduzir o valor do benefício em mais de 30% e mostra como evitá-los.
São Paulo, SP – 30 de setembro de 2025 – Pequenos descuidos no histórico de
contribuição e a escolha errada da regra de aposentadoria podem resultar em uma perda
financeira que ultrapassa os R$ 150 mil ao longo dos anos. Muitos trabalhadores só
percebem o prejuízo quando o benefício já foi concedido, tornando a correção mais difícil e
demorada.
“A aposentadoria é um projeto de vida, mas muitos brasileiros a tratam como uma mera
formalidade burocrática. Esse descuido custa caro. Um erro na análise do histórico ou na
escolha da regra pode significar a perda do valor de um carro popular por ano no benefício”,
alerta a advogada previdenciarista Marceli Rodrigues, professora de pós-graduação e
especialista no tema.
Para evitar que isso aconteça, a especialista lista os 7 erros mais comuns que devem ser
evitados:
- Confiar cegamente no extrato do INSS (CNIS): O documento oficial pode conter
falhas, como vínculos de trabalho sem data de término ou salários registrados com
valor incorreto. - Desconhecer as regras de transição: A escolha entre pedágio de 50%, 100% ou
regra de pontos sem uma simulação prévia pode levar a uma aposentadoria mais
tardia ou com um valor mensal significativamente menor. - Ignorar períodos de trabalho “esquecidos”: Tempo de serviço militar, trabalho
rural (mesmo em regime familiar) ou período como aluno-aprendiz são valiosos e
podem antecipar o benefício. - Não valorizar o trabalho em condições especiais: “Quem atuou exposto a
agentes nocivos à saúde, como ruído ou produtos químicos, tem direito a uma
contagem de tempo diferenciada. Para isso, é indispensável solicitar o Perfil
Profissiográfico Previdenciário (PPP) à empresa, um direito do trabalhador”, explica
Rodrigues. - Contribuir com o valor errado: Contribuir abaixo do salário mínimo pode invalidar
o mês de recolhimento, enquanto pagar sobre o teto sem necessidade pode ser um
desperdício de dinheiro. - Parar de contribuir antes da hora: Atingir o tempo mínimo de contribuição não
garante o acesso a todas as regras. Interromper os pagamentos pode diminuir a
média salarial e adiar o direito ao benefício. - Pedir a aposentadoria no “piloto automático”: Aceitar a primeira simulação do
INSS sem uma análise técnica prévia é abrir mão do “direito ao melhor benefício”,
que obriga a autarquia a conceder a opção mais vantajosa para o segurado.
Sobre Marceli Rodrigues:
Marceli Rodrigues é advogada especialista em Direito Previdenciário, com ampla atuação
em benefícios do INSS, regimes próprios de previdência (servidores públicos) e
planejamento previdenciário. É também professora de pós-graduação, dedicando-se a
formar novos especialistas e a descomplicar o acesso aos direitos sociais.
Autor:
Renan Adnet

