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segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Marrocos, face a seca e situações socioeconômicas difíceis, e demanda de produtos importados do Brasil

 Marrocos continua  sendo dependente do exterior em termos dos produtos  de primeira necessidade, carne, trigo mole, entre outros, para atender as necessidades do país, copa da África 2025 e Copa do Mundo 2030, tais tarefas governamentais tornam-se  urgentes e complicadas a controlar, dadas  situações socioeconômicas; greves e revoltas de jovens,  e condições climáticas instáveis,  seca, inundações e terremotos; 2021-2024.

Tais demandas traduzem  o sentido dos projetos oligárquicos, confiscados por parte de um pequeno harchitos, objeto das manifestações sociais e revoltas dos jovens, à espera de melhores condições de vida, emprego, educação e saúde.

O ano de 2024 conheceu uma certa aproximação positiva do governo marroquino com o Brasil; intenção de promover parcerias ganha-ganha,  base da segunda melhor colheita de trigo da história do Brasil, concorrente da França, Rússia, Ucrânia etc,  e com oito milhões de toneladas.

O Marrocos importa o trigo mole, sobretudo da França, principal parceiro, cujo produto colhido neste período, inverno ou  primavera, insuficiente para a demanda, devido ao quadro da queda da chuva irregular sobre a terra agrícola plantada.

O Marrocos, neste termos, deve importar mais de três milhões de toneladas de trigo francês só nesta temporada, posicionando o Brasil de modo a apresentar melhores  ofertas, sobre um quinto do total das exportações francesas nesse nível.

Assim, a França deve planejar o aumento desta participação nas exportações marroquinas de trigo mole a nível de  60%, de acordo com a agência russa de informações agrícolas e alimentares.

O grupo Francês Intercereais espera que o Marrocos importe 5 milhões de toneladas de trigo mole, 1 milhão de toneladas de trigo duro e 1 milhão de toneladas de cevada, além de pelo menos 2,5 milhões de toneladas de milho.

 Uma vez que o Marrocos já tinha comprado 1 milhão de toneladas de trigo mole francês este ano; de acordo com a mesma previsão, os exportadores franceses vão assim exportar 15 milhões de toneladas de trigo mole nesta temporada, incluindo 8 milhões de toneladas para países fora da União Europeia.

Segundo as expectativas dos expertos na área, as exportações russas de grãos parecem ter  diminuído devido à guerra na Ucrânia, nesta atual temporada, tais exportações de setembro foram de 5,12 milhões de toneladas de trigo, seja uma queda de mais de 23% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Considerando essas exportações de grãos da atual temporada agrícola, 1º de julho, de 14,1 milhões de toneladas, foram motivadas pela queda de 30% em relação aos três primeiros meses da temporada anterior, bem como pelas exportações mantidas,  expectativas crescentes da safra de grãos deste ano, e da concorrência no mercado internacional, interpelando o Brasil a fazer parte desta parceria ganha-ganha.

O Brasil e Marrocos, unidos por uma geografia de exportações e importações, diminuindo entre  51 países; e só no mês de setembro do ano passado, foram  31 países no mês passado, referendo cao caso do Egito, liderando a lista de compradores russos de grãos, com mais de 960.000 toneladas, seguido pela Turquia, importando 660.000 toneladas.

A Líbia ficou em terceiro lugar, com 351.000 toneladas, enquanto outros importadores envolvendo, Bangladesh, Arábia Saudita, Sudão, Iraque e Vietnã, os quais influenciaram as tarifas do produto.

Das quais a tarifa do trigo francês foi diminuída de 1,7%, para US$ 227 por tonelada, e o trigo americano de 0,4%, para US$ 226, e o trigo russo de 1,7%, para US$ 230 por tonelada.

Tal situação do trigo russo, o qual foi exportado durante todo o mês de setembro sem desconto na média de 3 dólares, considerado o mais caro do que o trigo europeu, afetando  o volume de vendas e a geografia das exportações.

Quanto ao Brasil, ele continua concorrendo com as exportações ucranianas, sobretudo os grãos,  diminuindo em setembro em mais de 6,5% em comparação com as exportados em agosto,  aproximadamente 25% em comparação com setembro do ano anterior,  3,7 milhões de toneladas, de acordo com dados divulgados pela União Ucraniana de Negócios Agrícolas.

Por fim, o Marrocos foi mantido posicionado firmemente, ciente das circunstâncias nacionais e internacionais, guerras e conflitos comerciais,  manifestações sociais,  produtos exportados  pela França, Ucrânia, Rússia e Brasil; em direcao a Marrocos, preso ao atraso na colheita em relação ao mesmo período do ano passado, e das taxas alfandegárias da exportação de alguns produtos, do qual interpela o governo brasileiro, sobre a prevê recuperação das exportações de produtos agrícolas nos próximos meses, e das necessidades pelos produtos e volume da safra em relação a Marrocos.

Autor:

Lahcen EL MOUTAQI, professor universitário, pesquisador sobre assuntos do Mercosul, Brasil e Marrocos

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