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sábado, 23 de novembro de 2024

A BÍBLIA, A RELIGIÃO E A TEOLOGIA; TODOS Á LA CARTE.

…Não façais da casa de meu Pai casa de Negócios’ Evangelho de João. 2.16.

Se Jesus vivesse em forma corpórea nos dias de hoje, se espantaria com o comércio mercantilista da Religião, se indignaria com as Teologias barateadas, e se revoltaria com o uso da Bíblia no objetivo de fazer caixa. É triste de dizer mas; A ‘Bíblia’, a ‘Religião’ e a ‘Teologia’ estão sendo transformadas em moedas de troca.

‘Não façais da casa de meu Pai, casa de negócio’.  A indignação de Jesus, se interpõem á nós pelo tempo, mas não nos causa estranheza quando comparada a nossa realidade. ‘Á La Carte’ é uma expressão francesa, cujo significado é: ‘Diz-se do serviço oferecido em restaurantes, em que o cliente dispõem de uma lista de pratos e seus respectivos preços. Há uma proximidade tênue, entre o serviço á lá carte, o Menu e cardápio, uma vez que todas estas expressões apontam para o cliente, os pratos oferecidos e os preços a serem pagos. Qualquer semelhança com ‘A Bíblia’, A Religião e A Teologia, de modo algum será mera coincidência especialmente, quando comparamos os vários cardápios e Menus na Gastronomia, e ilustramos aos Cardápios e Menus religiosos.

Quantidade nunca foi sinônimo de qualidade, principalmente, quando se transfere para a Religião. A revista Forbes que o diga. Os produtos Gospel reflete um mercado em plena expansão, onde á cada ano, cifras expressivas traduzem seu crescimento. Quando mencionamos A Bíblia, A Religião e a Teologia, como produtos á La Carte estamos apenas apontando o grande comércio em que se transformou a Religião, pois; em nome de Deus, homens de ‘Deus’ mercantilizam a fé, não menos explicitamente, como os cambistas comercializavam no templo. Várias traduções da Bíblia surgiram nos últimos tempos, e isto; não apenas porque se pensava em levar o conhecimento bíblico a um maior número de pessoas, mas também, porque a Bíblia, se transformou em um grande negócio. É tantas traduções e interpretações, que muitas das vezes, ao invés de trazer luz àqueles que as tem, muitas vezes acabam por confundir os menos avisados. Por outro lado, nunca se viu tanta ‘Teologia’ como se tem visto nos dias de hoje, é Teologia para todos os gostos e todos os bolsos, sendo a Teologia da Prosperidade a que mais ‘prospera’, prolifera e engana. Igrejas

multimilionárias, pastores abarrotados de dinheiro duvidoso, barganham a fé empregando a religiosidade, indoutos da verdadeira espiritualidade. Não é mais novidade alguma, as histerias ‘espirituais’, o leilão á portas abertas, numa nítida sincronia entre o que se necessita, diante daquilo e daquele que oferece. Neste contexto religioso, longe da verdadeira espiritualidade, se junta á fome de quem busca com a vontade de comer. Hoje, entrar em algumas igrejas, pouco difere de entrar em um centro espírita, pois, muitos jargões usados em ambos os ambientes, se locupletam, apenas para servir de exemplo, ‘Tá amarrado’, eu nunca vi Jesus ‘amarrar’, porque, Jesus sempre libertou, pois ‘Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará’. Há um sem número de cursos de Teologia, onde o cliente escolhe o prato desejado. Paga o preço mais acessível, e se torna um ‘analfabeto teológico funcional, aumentando o número e decrescendo a qualidade, cujo efeito cascata será visto na vida prática, e/ou; na Teologia prática da igreja.

Quanto a Religião, é pouco necessário dizer, pois quanto mais religião, menos espiritualidade, e quanto mais religiosidade, mais dogmatismo moral – religioso. Que Deus nos livre dos cambistas da religião e nos dê a luz necessária, pois só assim, veremos o que os olhos não viram, nem ouvidos ouviram, mas; enxergaremos e obteremos, aquilo que Deus tem preparado para aqueles que o amam. Esses “Menus”, “Cardápios” e “pratos”, nunca fizeram parte do saber teológico de Jesus, muito menos, de sua bagagem e práticas espirituais. Que Deus nos dê a direção certa a fim de que, não sejamos engodados e nos alimentemos, desses “Menus” e “Cardápios” indigestos, fruto da ganância e desejo desenfreado do “ter”, porque, quanto mais a Igreja tem, mais tem deixado ela de “ser”. Reflita!

Por: Claudinei Telles.

Por: Claudinei Telles.

Claudinei Telles
Telles
O autor é Mestrando em Ciências Educacionais (UNIVERSIDADE LEONARDO DAVINCI - PY). Bacharel em Teologia. (Faculdade Teológica Sul americana - FTSA). Licenciado em: Filosofia, Teologia, História e Pedagogia. E especialista em: Orientação Educacional, Teologia Bíblica, Ciência da Religião e Neuropsicopedagogia. Atuou por alguns anos, no Ministério Pastoral, Ensino de Teologia e Educação secular, nos níveis Fundamental e Médio.

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