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quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Do definhamento ao progresso da ciência: a antítese da guerra

Por todos os lados, somos bombardeados por notícias acerca do conflito entre Rússia e Ucrânia, Israel e Hamas e as milhares de mortes causadas pelo conflito entre os homens e seus armamentos.
Ao contrário do que muitos acreditam, não há beleza, e tampouco grandiosidade na guerra, onde os instintos mais primitivos de sobrevivência do homem se sobrepujam às necessidades humanas fundamentais.
E muito embora este seja um entendimento universal sobre os conflitos armados perpetrados pelo homem, as guerras hoje anunciadas pelos grandes veículos confirmam a insistência da humanidade em florescer sobre sangue e escombros.
A mancha da guerra perpetrada na história segue quase que totalmente presente nas residências e no dia a dia de milhares de brasileiros. Um grande exemplo disso são os computadores e a internet, cujas tecnologias demonstram uma grande capacidade de suprir empecilhos e garantir, sobretudo, o conforto humano, como o home office.
De mesma natureza, a guerra também proporcionou à humanidade objetos que, diante de sua ausência, retrocederíamos por alguns (longos) anos. A fita adesiva, caneta esferográfica e helicópteros devem ser considerados como alguns deles.
Grande parte dos objetos e elementos acima citados possuem como origens maternas a Primeira e Segunda Guerra Mundial. Entretanto, não precisamos recorrer para tempos longínquos para concretizar o fundamento de que a ciência e a guerra caminham juntas. A guerra na Ucrânia, por exemplo, ganha notoriedade pela tecnologia cada vez mais revolucionária dos drones utilizados para repelir a invasão e o financiamento desproporcional para o fomento bélico.
Esse “patrocínio” para o desenvolvimento e produção dos armamentos gera uma grande estranheza ao considerarmos que o empenho aplicado a um combate de escala global poderia, de todo modo, ser aplicado conscientemente em estudos no campo da Medicina.
A velocidade absurda dos feitos tecnológicos durante uma guerra surpreende os poderosos e entristece os antropófilos.
É a partir desse apontamento que passo a refletir: estamos, de fato, aprendendo com as atrocidades humanas da guerra ou apenas valendo-se de seus instrumentos, progredindo em detrimento da vida do outro?

Bianca Ferreira
Bianca Ferreira
Graduada em Direito pelo Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos (UNIFEOB). Escritora e roteirista.

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