O avanço da tecnologia vem impactando todas as esferas da sociedade. Quando pensamos na educação de crianças e jovens, a aplicação de inovações que otimizem o processo de desenvolvimento e aprendizagem é ainda mais essencial. Diante desse contexto, o Governo Federal anunciou recentemente o investimento de R$45 bilhões em educação, ciência e tecnologia, valor que faz parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Para potencializar os investimentos vindos da esfera pública, novas formas de ensino são desenvolvidas por meio das Edtechs, startups que criam soluções tecnológicas para a oferta de serviços relacionados à educação. Com plataformas de ensino, cursos online, jogos educativos, sistemas de gestão de aprendizado, entre outros, estima-se que, atualmente, existem 390 startups de educação no país, de acordo com estudo recente da Liga Ventures, maior rede de inovação aberta da América Latina.
O levantamento que mostra a evolução das edtechs aponta que elas estão divididas em 23 categorias, como educação corporativa (11,79%); capacitação profissional (9,74%); formação tecnológica (7,69%); vestibular e concursos (6,92%); conteúdos educacionais (5,64%); infraestrutura digital (4,87%); novos formatos de ensino (4,87%); educação inclusiva (4,62%); jogos educativos (4,36%); gestão da comunicação (4,10%); idiomas (4,10%); educação infantil (4,10%); finanças e negócios (3,59%); analytics no setor educacional (3,33%); marketplace de serviços educacionais (3,33%); gestão do aprendizado (2,82%); gestão administrativa de instituições de ensino (2,82%); saúde (2,31%); gestão pedagógica (2,31%); realidade virtual (2,31%); financiamento educacional (1,79%); marketing para instituições de ensino (1,28%) e processos avaliativos (1,28%).
Outro dado interessante do estudo se refere à análise da maturidade das edtechs mapeadas, em que 44% são emergentes, 31% estão estáveis, 12% são nascentes e 13% delas disruptivas. Diante desse cenário, de acordo com André Ribas Pereira, Coordenador do InovAtiva pela CERTI, política pública gratuita de apoio ao empreendedorismo inovador no Brasil, “fomentar o desenvolvimento e investimento nessas instituições torna-se essencial para transformar todo o ecossistema de educação do país, promovendo a capacitação desses empreendedores e conectando-os a diferentes oportunidades de negócios junto a potenciais investidores e parceiros”, pontua.
Pensando em startups que contribuem de alguma maneira no desenvolvimento de crianças e jovens, conheça quatro empresas destaque do segmento:
Estupin
Primeiro Hub de desenvolvimento infantil na primeira infância, a Estupin estimula capacidades motoras, cognitivas e socioemocionais de maneira lúdica a crianças de 0 a 6 anos. Dentro da plataforma, por meio de uma metodologia própria de estimulação focada no desenvolvimento infantil, é feita a conexão entre famílias a profissionais credenciados Estupin, de maneira que as crianças recebem um melhor atendimento, e os profissionais, suporte em sua atuação. A ferramenta ajuda impactando diretamente na alfabetização, autonomia, socialização e outras habilidades do indivíduo por toda sua vida.
PreparaEdu
Impactando positivamente a vida dos estudantes e o crescimento das instituições de ensino, a PreparaEdu é uma plataforma de simulados ENADE. A ferramenta combina tecnologia de ponta e análise de dados, simulando provas, monitorando o desempenho, desenvolvendo avaliações personalizadas, entre outras frentes, a fim de garantir que cada aluno esteja preparado para alcançar a excelência no exame e fazer com que a instituição de ensino se destaque. Deste modo, contribui diretamente para a transformação social, capacitando os estudantes a alcançarem suas aspirações e criando um futuro melhor para a sociedade como um todo.
Icapi Edu
Inteligência Artificial que fareja o Bullying, a Icapi Edu analisa possíveis sinais de bullying e padrões que interferem no cotidiano e desenvolvimento infanto juvenil. A partir daí, cria dados e alertas que são disponibilizados às instituições de ensino, que decidem como usar essas informações de forma assertiva. A iCapi “Aurora”, avatar criado por meio de IA, faz uma análise de sentimentos e socioemocional, criando uma percepção dos sinais de bullying e prevenção às suas consequências. Assim, dentro da plataforma é possível explorar questões como o autoconhecimento, a autorregulação, habilidades de relacionamento, consciência social, tomadas de decisões responsáveis, entre outras aptidões. Recentemente, foi vencedora do Grand Open Innovation Challenge 2023, evento realizado pelo InovaHC em parceria com o CISM&INPD (Centro de Pesquisa e Inovação em Saúde Mental & Psiquiatria de Crianças e Adolescentes).
Mopi
Mopi é um aplicativo que transforma o celular em material didático. A fim de revolucionar o método de educação, controlando a utilização de dispositivos móveis em sala de aula, a empresa disponibiliza material didático de maneira intuitiva, divertida e com estratégias de gamificação. Com isso, ao invés de gerar distração no aluno, o celular torna-se mais uma ferramenta de interação com o conteúdo e dinâmicas da aula.
Autora:
Ketheleen Oliveira
