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terça-feira, 25 de junho de 2024

Só na multidão

Estação do metrô.
Multidão. Gente que vai e vem.
Rostos sem nomes.
Formigueiro pulsando
pela sobrevivência.

Terno e gravata: espelho do meu rosto.
Traje da minha alma.
A grife dos meus óculos é conhecida.
Tristeza é seu nome.

Olho nos olhos de cada um.
Não reconheço ninguém.
Ninguém me conhece.
Presente, passado e futuro.

O coração pulsa forte.
Como se quisesse falar.
Passa despercebido.
Choro baixinho. Sem lágrimas…

Fico numa estação qualquer.
Eles se vão. Todos.
Estou só. Aparentemente vivo.
Por dentro esmagado;
Pelo metrô da civilização…

Autor:

Jaeder Wiler

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