Estação do metrô.
Multidão. Gente que vai e vem.
Rostos sem nomes.
Formigueiro pulsando
pela sobrevivência.
Terno e gravata: espelho do meu rosto.
Traje da minha alma.
A grife dos meus óculos é conhecida.
Tristeza é seu nome.
Olho nos olhos de cada um.
Não reconheço ninguém.
Ninguém me conhece.
Presente, passado e futuro.
O coração pulsa forte.
Como se quisesse falar.
Passa despercebido.
Choro baixinho. Sem lágrimas…
Fico numa estação qualquer.
Eles se vão. Todos.
Estou só. Aparentemente vivo.
Por dentro esmagado;
Pelo metrô da civilização…
Autor:
Jaeder Wiler