Seja entusiasta, seja “hater”. O ChatGPT já é o assunto do ano na área tech. A plataforma de inteligência artificial criada pela empresa OpenAI se tornou o aplicativo com crescimento mais rápido da história ao atingir 100 milhões de usuários ativos em janeiro, apenas dois meses após seu lançamento. O motivo de toda essa adesão permeia as novidades tecnológicas envolvidas no projeto, consideradas por muitos como revolucionárias. O novo bot de IA promete conversar, escrever poemas, letras de músicas, receitas e até criar programas de computador.
O ChatGPT é uma inteligência artificial treinada com base em um modelo de conversação. OU seja, seu algoritmo foi pautado em redes neurais e machine learning, com foco em diálogos. A ideia por trás desse projeto é aprimorar a experiência e os recursos oferecidos por assistentes virtuais, como Alexa ou Google Assistente.
O bônus da ferramenta (e o ônus, talvez – falaremos mais adiante) está justamente em oferecer ao usuário uma forma simples de conversar e obter respostas contextualizadas. O modelo de inteligência artificial tem várias camadas que permitem à plataforma prestar atenção a pontos-chaves, ao contexto e aos diferentes significados das palavras. Trata-se de um modelo extremamente avançado de geração de texto. A princípio, o ChatGPT é gratuito, mas já está estabelecido um modelo de acesso pago pela OpenAI, inclusive para o mercado brasileiro.
Plataforma ainda está em fase de aprendizado
Como é uma tecnologia muito nova, o ChatGPT ainda está aprendendo a responder e a pesquisar. De acordo com o site da empresa, a plataforma apresenta algumas limitações até o momento:
– Pode ocasionalmente gerar informação incorreta.
– Pode ocasionalmente produzir instruções prejudiciais ou conteúdo enviesado.
– Tem conhecimento limitado sobre o mundo e eventos ocorridos depois de 2021.
Mau uso pode acontecer?
Embora o sistema integre recursos que impeçam sua utilização de forma nociva, como termos chulos e conteúdos que reforcem estereótipos ou aspectos de preconceito,a preocupação em torno da tecnologia consiste no mau uso para trapaças.
Estudantes podem recorrer ao ChatGPT para a entrega de redações exemplares, por exemplo, profissionais que usam textos como ferramentas de trabalho também poderão acessar a ferramenta para tal, ou quem sabe, serem substituídos por ela? O BuzzFeed, por exemplo, já anunciou a demissão de redatores e informou que utilizará mais o ChatGPT para criar conteúdos baseados em listas ou testes.
Em um artigo no site The Atlantic, o professor do ensino médio da Califórnia Daniel Herman aponta o temor em relação ao aprendizado dos alunos. Na visão do docente, é possível comparar esse tipo de recurso com a invenção da calculadora – que facilitou os cálculos – e do piano mecânico – o qual “rouba” a comunicação por meio da emoção humana.
Já o professor associado de comunicação da Maryville University Dustin York prefere ser mais otimista e entende que é possível aproveitar o ChatGPT como uma ferramenta para ajudar os alunos a pensar de forma crítica. Quando bem utilizada, pode, inclusive, ser útil para estudar para provas e concursos, e mais: auxiliar os próprios docentes na preparação de aulas.
Enfim, quando uma revolução tecnológica ainda recém-lançada bate à porta, há sempre os dois lados da moeda em jogo, por isso o céu ainda é o limite. A polêmica mora justamente nesse aspecto: até onde pode chegar?
Querendo ou não, o ChatGPT deu a deixa do que podemos esperar sobre o futuro da tecnologia no sentido de interação entre o usuário e a inteligência artificial. Na prática, muitas coisas vão mudar. Mas ainda há perguntas que assombram muitos pensamentos: os robôs poderão substituir as ideias filosóficas ou a sensibilidade humana? Será possível criar um mundo mais colaborativo entre homens e máquinas? Riscos de trapaças e fraudes sempre andarão atrelados à tecnologia? Bom, por ora, aguardemos as cenas dos próximos capítulos.
Autor:
Otto Pohlmann?é?CEO?da?Centric Solution, empresa de tecnologia que fornece soluções completas?para atender aos requisitos de segurança e da LGPD,?com foco em implementação, treinamento e suporte, a fim de ajudar a sustentar o desenvolvimento de negócios de todos os portes e setores – e-mail:?centric@nbpress.com.br.
Há um contexto a mais além do que foi dito. Mas esse contexto de se ver é mais sutil.
Não é segredo para ninguém que fiquei encantado com o ChatGPT e a ousadia da OpenAI.
Quando você vai ler algumas entrevistas você percebe a tal sutileza. Um entrevistado diz “Isso não é novidade, pois as empresas já estão usando IA para otimizar o trabalho”, – “Mas as empresas já estão usando faz tempo.” – etc…
O que a pandemia fez foi escancarar um problema do mercado de trabalho, o que a OpenAI fez foi escancarar um problema de grandes empresas.
A única novidade nessa história foi para a população que teve um vislumbre e o acesso a aquilo que “há tempos internamente faz parte da rotina de bancos, Bigtechs e toda fauna predatória chamada de Mercado.
Nós, a caça, só percebemos o perigo quando em uma jogada de Marketing incrível a OpenAI nos mostrou a arma e a bala que estavam mirando nossas cabeças.