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sexta-feira, 19 de julho de 2024

É possível fazer carreira como criador de conteúdo? Especialista da
creator economy fala sobre estabilidade e desafios da profissão

A demanda por profissionalização fez com que marcas e creators ficassem cada vez mais exigentes; neste cenário,
habilidades voltadas para gestão e empreendedorismo são fundamentais para gerar um negócio consistente

São Paulo, fevereiro de 2023 – A demanda por criadores de conteúdo teve aumento no mercado. Essa crescente de creators começou durante o período da pandemia, o que gerou maior investimento em marketing de influência no Brasil. No final de 2022, a consultoria Influencity Marketing Hub identificou que cerca de 9 milhões de brasileiros são influenciadores digitais. Porém, mesmo com o número significativo, ainda existem dúvidas acerca da nova profissão, que ainda não conta com regulamentação no país.

Uma pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), aponta que o setor de microempreendedores individuais (MEI) apresenta a maior taxa de mortalidade de negócios em até cinco anos. Segundo Luiz MenezesCEO da Trope, martech especializada em soluções de negócios para marcas com foco na geração Z, todo criador de conteúdo é considerado uma empresa e possui esse desafio como empreendedor de fazer com que o próprio negócio prospere no longo prazo.

Para Menezes, é possível sim fazer carreira estável como criador de conteúdo. Mas essa estabilidade está atrelada à saudabilidade da receita, na qual é analisada a variação das fontes de renda (entrada e faturamento). “Não adianta depender só de publicidade, que é uma receita volátil, e querer ter uma carreira longa, é preciso pensar em outras estratégias para ir se aprimorando no mercado”, explica.

Aliado a isso, o mercado hoje pode ser avaliado como saturado, mas não de modo geral. Luiz explica que muitos creators ainda não conseguem gerir seus próprios negócios justamente devido a alta competitividade, ao passo que há nichos que ainda não foram explorados na internet.

O especialista afirma se tratar de um mercado bastante concorrido e, por vezes, a quantidade de creators no mesmo segmento é muito significativa. “Eu sempre faço alusão a uma pizza que está crescendo, porém tem mais gente querendo comer um pedaço dessa pizza, consequentemente, as fatias acabam ficando menores”, exemplifica.

O Brasil possui um grande desafio para com o empreendedorismo e a inovação, pois não há educação empreendedora nas instituições de ensino, sem contar que o marketing de influência é algo relativamente recente. De acordo com Menezes, a premissa de que ‘qualquer um pode fazer’ é bastante relativa, pois mesmo se dedicando, pessoas que possuem base de empreendedorismo e contato com marketing digital saem na frente das demais.

Diante disso, para Menezes, os principais desafios que os criadores de conteúdo devem enfrentar em 2023 estão relacionados à questões voltadas para o empreendedorismo. “É importante ter planejamento, estudar formas de expandir os serviços prestados, criar produtos em colaboração com marcas ou por si só. Porque além de criar conteúdo de qualidade, é preciso conseguir fazer com que vire um negócio autossustentável e assim se torne uma receita, gerando faturamento e lucro”, finaliza.

Sobre a Trope

Trope é uma martech especializada em soluções de negócios para marcas com foco na geração Z. Criada em 2021, a Trope tem o propósito de impulsionar o protagonismo dos nativos digitais. A empresa tornou-se especialista em cocriar projetos, prestar consultoria e fazer estudos e pesquisas que entendam os hábitos de consumo dos nativos digitais. A Trope também atua com uma aceleradora e um hub de influenciadores para talentos em ascensão. Entre os principais clientes atendidos pela Trope estão: Mondelez, Meta, P&G, Oi e mais. Mais informações no site

Autora:

Alice Vieira

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