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terça-feira, 23 de julho de 2024

Influenciar pode ser considerada uma profissão formal?

Projeto de Lei que está em aprovação exige autorização do Governo Federal e formação acadêmica para exercer as atividades relacionadas a influência digital

Hoje o Brasil conta com cerca de 500 mil influenciadores digitais, de acordo com um estudo realizado pela multinacional Nielsen Media Research. A quantidade de creators no país já ultrapassou o número de engenheiros civis (455 mil) e dentistas (374 mil), e quase alcança o total de médicos (502 mil).

“No início, ganhar dinheiro com a produção de conteúdo na internet sequer passava pela cabeça dos criadores. Já hoje, o principal objetivo das pessoas que desejam ou que estão trilhando o caminho de influenciador é a monetização dos posts. Este mercado movimenta bilhões e deve crescer ainda mais nos próximos anos”, pontua Thiago Cavalcante, especialista em marketing de influência, fundador e CEO da Inflr, adtech pioneira em ações com influenciadores digitais.

De acordo com a Influencer Marketing Hub, empresa dinamarquesa especializada na produção de conteúdo sobre mídias sociais, o marketing de influência deve movimentar globalmente em torno de 16,4 bilhões de dólares até o fim deste ano.

Pensando nisso, um novo Projeto de Lei (PL) nº 2347/2022, apresentado pelo deputado José Nelto (PP/GO) à Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, tem objetivo de criar ou regulamentar uma suposta nova profissão chamada de “influenciador digital profissional”.

Se aprovado, o projeto poderá mudar a vida dos influenciadores radicalmente. Uma das exigências do documento, por exemplo, obriga que os criadores tenham “conhecimento teórico” prévio para poder exercer a profissão. Outro ponto de atenção seria a necessidade de autorização do Governo Federal.

“Hoje em dia, qualquer um com acesso a internet e um celular com uma câmera razoavelmente boa, pode se tornar um influencer de sucesso. Esta é uma das magias desta profissão: a democratização da oportunidade”, explica o CEO. “Produzir conteúdo na internet foi a maneira que muitos encontraram de sair de uma situação de vulnerabilidade. Por isso o projeto acaba sendo um pouco perigoso”, ressalta.

Entretanto, o especialista não descarta a importância dos influenciadores de buscarem conhecimento na área. “Muitas vezes, as pessoas interpretam a profissão como uma atividade simples e fácil. Se tornar um influenciador de sucesso depende de muitas variáveis. Para se dar bem nessa carreira, é preciso saber como lidar com haters, como e quando monetizar seu trabalho, frequência de posts, para qual nicho seu conteúdo será direcionado. No Inflr Hub, respondemos dúvidas e ajudamos influenciadores de todos os tamanho por meio de videocasts, textos, webstories e muitos outros formatos”, pontua Cavalcante.

Apesar de já ser considerada profissão, as discussões sobre influenciadores ainda é cercada de diversas questões, como por exemplo, a qualidade do conteúdo e a importância de sua disseminação. “É claro que, a influência só pela influência não é interessante. É necessário consciência para que os conteúdos sejam relevantes e agreguem na vida dos seguidores. Hoje vemos muitos influencers que não tem nada a dizer ou a oferecer e é com isso que devemos nos preocupar”, finaliza o CEO.

Sobre a Inflr

A Inflr é uma AdTech pioneira em ações com influenciadores digitais. Ela permite que as marcas se comuniquem com 100% dos seguidores de cada influenciador, por meio de diferenciais únicos no mercado, como a multisegmentação e o remarketing. Foi fundada em 2019 pelos sócios Bruno Niro, Thiago Cavalcante e Tiago Brandão.

Autora:

Camila Thomazelli

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