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quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Sancionado o “SUS da Educação”: avanço promissor ou desafio em construção?

Nova legislação busca uniformizar a qualidade do ensino, mas demanda atenção a financiamento e adaptação regional

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, em 31 de outubro, a lei que institui o Sistema Nacional de Educação (SNE), representando um dos avanços mais relevantes na organização do ensino brasileiro. A proposta busca unir esforços para ampliar a qualidade e reduzir desigualdades no acesso à educação. O modelo pretende seguir os moldes do Sistema Único de Saúde (SUS), promovendo a integração de ações, programas e investimentos no setor educacional.

Para Gustavo Peralba, cofundador da Kaizen Mentoria, startup voltada à orientação educacional personalizada para estudantes do Ensino Fundamental ao Superior, a medida representa um avanço, mas exige cautela em sua implementação “A sanção do Sistema Nacional de Educação marca um passo importante, mas é preciso ter cuidado ao avaliá-lo. O assunto é discutido há muito tempo e tem potencial para aprimorar a articulação entre as diferentes esferas do ensino. A proposta pode ser positiva, mas a grande questão é como isso será feito na prática”, afirma.

O especialista ressalta que o Brasil é um país diverso e que o Sistema Nacional de Educação não pode se tornar excessivamente padronizado, ignorando as particularidades de cada região e realidade escolar. Para que o modelo funcione, a integração deve preservar a autonomia dos estados e municípios, permitindo que as diretrizes sejam ajustadas às condições locais. A colaboração, portanto, precisa ser equilibrada e sensível a essas diferenças. 

Esse debate reforça uma convicção que orienta o trabalho da Kaizen Mentoria: a personalização é o futuro da educação. Gustavo defende que as soluções mais eficazes são aquelas moldadas ao contexto e às necessidades específicas de cada realidade. Assim como o aprendizado se torna mais significativo quando respeita o ritmo do aluno, as políticas públicas também precisam adotar esse olhar adaptativo. Quanto mais personalizada for a estratégia, maiores serão os resultados, e esse deve ser um dos princípios centrais na implementação do SNE, garantindo eficiência e impacto real na formação dos estudantes.

Outro ponto que exige atenção é o financiamento. Falar em integração e melhoria da rede é um ótimo começo, mas a grande questão reside em como garantir os recursos necessários para que essa unificação realmente aconteça “Um dos riscos é que, sem o aporte financeiro adequado, a lei não consiga ter o impacto esperado e acabe se tornando apenas uma proposta no papel”, alerta o especialista.

Apesar das incertezas, a sanção é vista como uma oportunidade de repensar a gestão educacional brasileira e fortalecer a cooperação entre os diferentes níveis de governo. “Precisamos acompanhar de perto os próximos passos. Só o tempo dirá se haverá recursos e execução suficientes para gerar resultados concretos na prática”, conclui Gustavo.

Mesmo diante dos desafios, a expectativa é de que a lei cumpra seu papel. O chamado “SUS da Educação” entra em vigor com a promessa de transformar o ensino e pode se tornar um marco na história da educação brasileira, ampliando o acesso e as oportunidades de aprendizagem em todo o país.

Sobre a Kaizen

Fundada em 2020, a Kaizen é uma startup de educação com foco em mentorias personalizadas para estudantes do Ensino Fundamental ao Superior. Combinando orientação acadêmica, personalização de estudos e tecnologia, a empresa já atendeu milhares de alunos em diversas regiões do país, promovendo autonomia, estrutura e desempenho.

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