É noite em Sampa. Vou até a janela do meu apartamento. O que vejo? Um enorme engarrafamento de carros. Todos apressados, com seus faróis ligados. Ao juntar esses milhares de faróis com as luzes da iluminação da cidade, forma-se uma metrópole colorida. É um arco-íris em movimento. Ninguém para. Todos têm pressa. Todos estão em busca de seus destinos.
Alguns irão direto para suas casas, em busca de uma merecida noite de sono. Outros vão aproveitar a noite paulista nos inúmeros restaurantes da cidade. Outros ainda vão se divertir nas boates ou aproveitar para tomar chopes com amigos em algum bar. Há também os que irão a um dos shows em casas especializadas em apresentar espetáculos inesquecíveis. Tudo o que acontece na noite paulistana tem muito brilho – muita luz. Pode-se dizer que aqui tudo que aqui acontece, é um show! Parece até que a cidade fica em festa todas as noites.
Mas o maior espetáculo, eu vejo privilegiadamente da minha janela. Vejo a lua cheia em todo o seu esplendor. É difícil descrevê-la. Será ela uma grande bola flutuante? Será de cristal? Como pode conservar, com tanta beleza, a luz do sol que já se recolheu do outro lado do mundo?
Sei apenas que ela é um dos principais astros da criação, embelezando o firmamento. Sei também que há estrelas reverenciando-a. Infelizmente, hoje o céu está nublado e não dá para vê-las, mas sei que estão lá, decorando o cosmos e enriquecendo, com seus brilhos, nossa querida lua.
Espero que algum desses motoristas apressados pare um pouco e olhe para o céu. Como eu parei para admirar Sua Alteza, a Lua. Lua cheia. Lua de prata — cheia de mistérios, cheia de amor para alimentar nossa imaginação.
Olhar para ela é como despertar para uma paixão que arrebata nossos corações e os faz pular de alegria, nos impelindo a encher nossos pulmões e gritar bem alto… Estou vivo!
