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sábado, 1 de novembro de 2025

Vistos para nômades digitais: Espanha e Portugal lideram custo-benefício em 2025, aponta HAYMAN-WOODWARD

Destinos que combinam facilidade de processos, benefícios fiscais e infraestrutura digital atraem maior interesse de profissionais globais

A Espanha e Portugal se consolidam como os destinos mais vantajosos para nômades digitais em 2025, segundo levantamento da HAYMAN-WOODWARD. O estudo comparou requisitos de renda, tempo de aprovação e vantagens fiscais em mais de dez países europeus que oferecem vistos específicos para trabalhadores remotos. Malta, Croácia, Estónia e Grécia também se destacam, cada um com pontos fortes em tributação, agilidade e infraestrutura digital.

Com o crescimento do trabalho remoto e a busca por flexibilidade, nômades digitais estão explorando oportunidades além de seus países de origem. Mais de uma dezena de países europeus já oferecem vistos específicos para trabalhadores remotos, permitindo residência temporária, vantagens fiscais e acesso a ecossistemas de inovação.

“Não se trata apenas de escolher o destino mais barato, mas de garantir segurança jurídica, previsibilidade fiscal e qualidade de vida. Em 2025, Espanha e Portugal seguem como escolhas equilibradas; Malta e Croácia se destacam pela vantagem fiscal; Estónia e Grécia lideram em agilidade. Itália, Letónia e Chipre permanecem no radar para perfis específicos”, afirma a Dra. Maria do Céu Santiago, advogada da HAYMAN-WOODWARD.

Principais destinos e destaques:

• Espanha (DNV – Teletrabajo Internacional) – A Espanha oferece o visto DNV com uma exigência de renda mínima de aproximadamente €2.763/mês. O processo de aprovação costuma levar cerca de 30 dias. Entre os benefícios estão o bom custo-benefício, hubs tecnológicos em Madri e Barcelona, e a possibilidade de aplicar o regime fiscal de impatriados, que pode resultar em uma tributação mais favorável para estrangeiros qualificados.

• Portugal (D8 – Nômade Digital) – Portugal exige uma renda mínima de €3.480/mês para o visto D8, que permite residência temporária com possibilidade de residência permanente após cinco anos. O tempo de processamento varia entre 2 a 60 dias, dependendo do consulado. O país oferece um ecossistema tecnológico robusto, afinidade cultural com o Brasil e acesso ao Espaço Schengen.

• Malta (NRP – Nomad Residence Permit) – Malta exige uma renda mínima de €3.500/mês para o NRP, com um tempo de processamento de cerca de 30 dias úteis após a submissão completa. Oferece isenção fiscal no primeiro ano e uma taxa de 10% a partir do 13º mês sobre a renda de trabalho autorizado. Além disso, permite residência no Espaço Schengen.

• Croácia (Residência para Nômades Digitais) – A Croácia exige comprovação de fundos suficientes, geralmente em torno de €2.500/mês, sem um piso fixo único. A isenção de imposto de renda sobre a renda de trabalho remoto é uma vantagem significativa, embora esteja sujeita a atualizações em 2025. O tempo de aprovação é em torno de 6 semanas.

• Estónia (Digital Nomad Visa) – A Estônia exige uma renda mínima de €4.500/mês para o Digital Nomad Visa, com um tempo de processamento de 15 a 30 dias. O país é reconhecido por seus processos 100% digitais e é uma referência em govtech, oferecendo uma infraestrutura moderna para nômades digitais.

Quem ganha em custo-benefício:

• Renda exigida mais baixa: Albânia (~€817/mês), acesso de até 5 anos, sem Schengen e com residência fiscal provável.
• Melhor equilíbrio entre renda, ecossistema e tempo: Espanha e Portugal.
• Vantagem fiscal clara: Malta e Croácia.
• Mais agilidade e digitalização: Estónia e Grécia.

Segurança jurídica, previsibilidade fiscal e qualidade de vida se tornaram critérios centrais na escolha de destinos, refletindo a prioridade de profissionais que buscam equilibrar carreira, bem-estar e planejamento financeiro. Países com processos digitais ágeis, infraestrutura moderna e regimes fiscais favoráveis se destacam entre as opções mais procuradas.
Alguns países possuem tratados de bitributação com o Brasil (Portugal, Espanha, Itália, Hungria, Romênia, entre outros). Programas como Malta e Croácia oferecem benefícios específicos para nômades, mas é recomendada a validação individual com planejamento fiscal.

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