A comemoração dos 125 anos da Faculdade de Direito da UFRGS terá início por meio de um jantar solene que acontecerá, no próximo dia 2 de agosto, na Associação Leopoldina Juvenil, localizado no bairro Moinho de Ventos, a partir da 20h. O jantar é promovido pela Associação Gestora do Fundo Patrimonial da Faculdade, uma organização sem fins lucrativos, cujo objetivo é criar um fundo patrimonial à promoção da melhoria dos espaços e da infraestrutura da Faculdade.
Na oportunidade, serão homenageados os beneméritos que estão contribuindo para esse fundo, criado na gestão da professora Cláudia Lima Marques, diretora da Faculdade de Direito da UFRGS, e da professora Ana Paula Motta Costa vice-diretora.
Histórico
A Faculdade de Direito da UFRGS foi fundada em 17 de fevereiro de 1900, primeira Faculdade de Direito do Rio Grande do Sul, por iniciativa do jurista, político, jornalista e professor catedrático Carlos Thompson Flores, o primeiro diretor da Faculdade. A primeira aula aconteceu em 3 de maio de 1900, celebrando o centenário do Brasil. Inicialmente era denominada de “Faculdade Livre de Direito de Porto Alegre”. Após, foi federalizada e incluída na UFRGS e manteve sempre o “culto do Direito ao serviço da liberdade e da grandeza humana”.
De acordo com a professora Cláudia Lima Marques, a Faculdade de Direito colaborou não só para a formação de gerações de juristas, diplomatas e professores, mas também para a justiça, a política, a democracia, a proteção dos trabalhadores e do Estado Democrático de Direito. Assim, a atual Direção da Faculdade de Direito da UFRGS (2020-2024) busca desenvolver um projeto comemorativo dos 125 anos, com vários eventos e publicações, que se estenderão até maio de 2025.
A ideia final da comissão do projeto é abrir e revitalizar o prédio centenário da Faculdade de Direito da UFRGS para a visitação popular e de escolas, criando o Memorial da Faculdade e revitalizando o seu Salão Nobre para eventos de caráter internacional, de modo a contribuir com que novamente a Faculdade de Direito da UFRGS, considerada pelo Estadão (2022) a segunda melhor do país, ocupe seu importante papel de liderança e destaque a favor do Estado Democrático de Direito no país.
Futuro
De acordo com a professora Ana Paula Motta Costa, a criação de um plano de financiamento, com a mobilização dos ex-alunos, das pessoas que passaram pela faculdade, a fim de poder garantir a preservação do seu patrimônio histórico, “é a responsabilidade de todos, de quem esteve na Faculdade há 50 anos, há 30, há 20 anos, há 10 anos e agora”. Ela lembra que a atual gestão deixará, portanto, ao fim de seu trabalho, um recurso no fundo patrimonial, cujos rendimentos serão destinados para dar continuidade às obras do prédio da Faculdade de Direito
Aliás, Ana Paula lembra que o prédio não é somente patrimônio histórico nacional, é patrimônio histórico estadual e patrimônio histórico municipal. “A responsabilidade sobre o prédio é de todas as pessoas que passam pela Faculdade, inclusive da atual gestão, a fim de que outras gerações tenham condições de estudar lá”, afirmou, acrescentando ser o prédio um “legado coletivo”, ou seja, uma “responsabilidade coletiva”.
Terezinha Tarcitano
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