24.7 C
São Paulo
terça-feira, 23 de julho de 2024

“Não os coloque em moldes”, diz professor sobre alunos autistas

Cesar Guimarães, físico e professor de matemática, explica como identificar o TEA em sala de aula e dá dicas para pais e educadores

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem sido um assunto cada vez mais falado devido à alta prevalência da condição no Brasil. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há cerca de dois milhões de autistas entre a população brasileira, que atualmente soma 200 milhões de habitantes. Isso quer dizer que 10% dos cidadãos brasileiros estão dentro do espectro. 

Com uma parcela tão expressiva, é impossível não falar do tema e, principalmente, debater questões importantes acerca dele, como inclusão e educação. Afinal, o processo de aprendizagem de uma criança autista necessita de recursos diferentes para que ela possa desenvolver todo o seu potencial, sem limitações. 

Para o professor Cesar Guimarães, CEO da MMP Materiais Pedagógicos, o primeiro passo é não colocar esses estudantes em uma caixa. “Minha história é semelhante a de muitos alunos incríveis, que hoje estão sendo considerados dementes por não desenvolverem as mesmas habilidades dos colegas. Por favor, não queira colocá-los em um molde”, alerta. 

Autismo X Educação

Para evitar esse estereótipo, o conhecimento sobre o tema é fundamental. Confira 3 pontos levantados e refletidos por Cesar para desmistificar de vez a educação para alunos autistas: 

1. Dificuldades no aprendizado? 

“Quando a criança não está aprendendo na velocidade correta já é um indicativo de dificuldade. Pode ser desde uma dificuldade temporária em casa ou algo mais complexo como um diagnóstico de inclusão”, avalia o professor. 

Nesse momento, ele ressalta que o mais importante é buscar os profissionais corretos para esse acompanhamento. Pedagogos, psicólogos e neuro-psicopedagogos podem ajudar nesse processo, identificando necessidades específicas e encaminhando para um diagnóstico mais preciso. 

2. Autismo não é ‘tudo igual’!

Cesar lembra ainda um ponto muito relevante após a confirmação do TEA: o autismo, assim como as pessoas, não é feito em série, logo se manifesta de inúmeras formas. Com sinalizações diferentes, o processo de aprendizagem também não segue um curso padrão.

“O professor precisa trabalhar em parceria com os pais e com outros profissionais que vão indicar o melhor tratamento para cada caso. Sem a devida indicação, dificilmente esses métodos serão adequados”, pondera. 

3. Os materiais concretos podem ajudar

Após um diagnóstico assertivo e um plano de ensino adequado, é hora de pensar em recursos práticos e alguns materiais facilitam essa jornada, principalmente com os números. Nesse sentido, o CEO da MMP explica que jogos e materiais manipuláveis ajudam a ilustrar o que está sendo ensinado e ainda fazem uma ponte entre os mundos concreto e abstrato.

“Cada material desenvolve um conjunto de habilidades. Existem jogos que são incríveis tanto para o ensino matemático, quanto para o socioemocional, como esperar sua vez, saber ganhar ou lidar com a frustração, por exemplo”, finaliza o professor Cesar. 

Sobre a MMP: É a maior fábrica do país focada em materiais de matemática de alta performance. Fundada em 1994 é uma empresa que apoia pais e educadores na tarefa desafiadora do ensino de exatas. A MMP desenvolve produtos que auxiliam na construção do conhecimento, e tem como objetivo principal revolucionar a educação, de forma que jovens e crianças se sintam menos inadequados, mais autoconfiantes e destravados na matemática.

Autoria:

Way Assessoria de Comunicação

1 COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Leia mais

Patrocínio