O Rei Mohammed VI proferiu seu discurso perante o parlamento marroquino, na abertura da 1ª sessão do 3º ano da XI legislatura, destacando os valores fundadores da unidade nacional marroquina.
Tal mensagem inspira dos últimos acontecimentos nacionais e no mundo, notadamente a crise israelo-palestina e postura da comunidade internacional em circunstâncias semelhantes.
O rei sublinhou neste sentido as mudanças profundas que levaram ao declínio dos regimes e padrões de valores no mundo.
Sobre a tragédia, mês de Setembro em relação ao terramoto de Al Haouz, região de Marrakech, o Soberano insistiu sobre as lições prevalecentes e retiradas deste trágico seismo, lembrando dos valores marroquinos a preservar ao longo deste terremoto.
Este drama proporciona uma lição valiosa repleta dos valores autênticos e espirituais, concretizando e privilegiando valores humanos, dos ideais, fazendo com que se supera as adversidades e crises iminentes, graças à conduta e valores de determinação, da união e solidariedade, além da confiança, coragem e pertencia.
É aqui onde reside o pilar da unidade que une a sociedade marroquina, um princípio apegado à pátria e aos valores marroquinos, do povo conseguir superar tal prova.
O Soberano lembrou nesta ocasião os princípios fundadores da identidade nacional unificada. Mencionando pela primeira vez os valores religiosos e espirituais, cujas raízes provenientes do “rito sunita Maliki, fundamentalmente sinônimo da noção e do comando dos crentes, centralizado na moderação, abertura sobre outro e coexistência intercivilizacional.
Esta mensagem de paz dirigida nestes tempos difíceis e diante dos acontecimentos atuais, distinguiu-se de facto pela sua abordagem única, defensor do equilíbrio e da coexistência entre as religiões.
Perante esta referência única de distinção do Marrocos, confirma-se então como o modelo de convivência bem sucedido, confere aos marroquinos, muçulmanos e judeus a cultivar a compreensão cordial e respeito entre religiões e culturas.
Apontando também os outros dois fundamentos da unidade nacional marroquina, valores nacionais sinônimo da Nação Marroquina e Monarquia como pedra angular. Eles unem de forma unânime os marroquinos à instituição monárquica a vocação principal é de unificação a todos em torno dos componentes do povo marroquino.
Provendo a essência simbiose de laços de lealdade mútua entre o Trono e o povo,
Base do segundo ponto, característica da nação marroquina e do conceito da pátria, formando o título unânime da unidade nacional e integridade territorial do país.
Tais conceitos da Nação Marroquina formam os valores imutáveis dos marroquinos, agregando uma mesma matriz, dos afluentes da identidade nacional unificadora da rica diversidade cultural, amazigh, arabe.
Terceiro ponto, referendo-se segundo o Soberano aos valores da solidariedade, de coesão social, de inter-categoria, de intergeracional e inter-regional, os que fortalecem os valores dos marroquinos unidos, indissoluvelmente por um notável espírito existencial.
Assim o Soberano chamou a todos para manter-se firmemente ligados a estes valores, da consolidação, da unidade nacional e coesão familiar, título da dignidade humana e reforço da justiça social.
Empenhar fortemente porque o mundo o exige devido às mudanças profundas e aceleradas, face à deturpação dos valores humanos, da educação e quadros de referência, às vezes pelo abandono, laxismo ou impunidade.
Autor:
Lahcen EL MOUTAQI
Professor universitário- Rabat, Marrocos