A coisa mais certa a se fazer, é não fazer nada. Cumprir tabelas e esperar que cada aniversário seu corresponda a um ano a menos de vida, é crucial. Olhando em minha volta, vejo pessoas extraordinárias vivendo dentro de gaiolas, sendo sufocadas em seu próprio canto, olhando a neblina passar, o cão latir e o gato miar. Gosto de ser estranho, de ficar na multidão quando eu bem entender, e de me recolher quando eu também bem entender. Essa nostalgia da obrigação me sufoca. Ser obrigado a ficar em um lugar do qual não me pertence para manter certos tipos de relacionamentos — acho isso deplorável e insignificante. Não permuto a minha liberdade. Ela é minha e faço dela o que bem entender.
Autor:
— L. Kiel
