Na última semana, o grande destaque foi a divulgação do IPCA de maio no Brasil, 0,23% m/m e 3,94% a/a, abaixo das expectativas do mercado que estavam em 0,33% m/m. O que levou a uma redução das expectativas para os números de inflação de 2023 e 2024, as expectativas agora estão em 5,00% e 4,00% respectivamente.
Para essa semana o destaque no Brasil é a divulgação de índices de atividade, como vendas no varejo (PMC) em que se espera queda de -0,4% m/m; IBC – BR se espera queda de -0,4% m/m.
“O IPCA de maio divulgado na semana passada reforça a visão de que a política monetária deverá ser relaxada, acredita-se que em agosto já poderíamos ter o início do ciclo de queda de juros. Apesar do número de crescimento do PIB do 1T ter sido positivo e acima das expectativas, o grande fator motivador foi o agronegócio, a atividade em serviços e indústria apontam para desaceleração”, afirma André Carvalho, diretor de portfólio da Acura Capital.?
“Com a paulatina redução do risco fiscal, acreditamos que o real deverá atingir o patamar de R? 4,80, reforçado também pelo forte fluxo comercial”, finaliza André.
Confira abaixo o cenário internacional da semana e as expectativas:
China:
- Teremos divulgação de índices de atividade que deverão seguir a tendência de meses anteriores, indicando a perda de momentum da economia chinesa.
Estados Unidos:
- Serão divulgados CPI e PPi de maio, para o CPI a expectativa do mercado está em 0,2% m/m, saindo de 0,4%m/m no mês anterior e o núcleo em 0,4%m/m; para o PPI se espera -0,1% m/m saindo de apresentar 0,2% m/m no mês anterior, o núcleo deverá subir para 0,3% m/m.
- Teremos também a reunião do FOMC, a expectativa e manutenção da taxa no patamar de atual de 5,00% -5,25%, deveremos ter uma decisão não unanime. Os dados da economia americana demonstram que ainda existem riscos inflacionários, principalmente no mercado de trabalho e crédito que ainda se mantem aquecidos.
Europa:
- No continente europeu também teremos a decisão de política monetária, por parte do BCE. Deveremos ter mais um aperto, passando de 3,25% para 3,5%. Acreditamos que a taxa deverá chegara 4,00%. A inflação, principalmente o núcleo, vem se mantendo em patamares muito elevados.
Autora:
Beatriz Russo