A Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), entidade de âmbito nacional que reúne os diversos elos da cadeia produtiva dos peixes de cultivo, esclarece que os peixes de cultivo, como tambaqui, pirarucu e tilápia, não podem ser relacionados à contaminação por mercúrio identificada em peixes da Amazônia. Divulgações nesse sentido decorrem de desconhecimento e desinformação e causam insegurança nos consumidores.
A presença de mercúrio foi constatada em peixes provenientes da pesca. Os peixes de cultivo são criados segundo as boas práticas, análise da qualidade da água, nutrição balanceada e rígido controle sanitário durante todo o ciclo produtivo.
A professora Juliana Galvão, pesquisadora da ESALQ/USP e coordenadora do Grupo de Estudo e Extensão de Inovação Tecnológica e Qualidade de Pescado (GETEP), explica a diferença: “Nos peixes de cultivo há monitoramento ambiental de forma periódica, assim como a alimentação contém todos os ingredientes necessários para o correto desenvolvimento. As condições de vida são frequentemente acompanhadas durante o período de cultivo de manejo responsável”, informa a especialista.
Além disso, peixes provenientes da pesca extrativista, principalmente em áreas próximas a atividades de garimpo, têm elevado risco de contaminação por mercúrio.
Francisco Medeiros, presidente-executivo da Peixe BR, reforça que o cultivo em água doce é feito com total rastreabilidade. “As empresas produtoras utilizam rígidos protocolos sanitários e de bem-estar animal, conferindo ao peixe de cultivo status de alta segurança alimentar. Não há qualquer risco para os consumidores”, alerta.
Autora:
Jéssica Estrela