Havia muito amor naquela mulher, principalmente quando se tratava dos animaizinhos que ela adotara.
Suas adoções eram sempre com coração, sem levar em consideração raça ou seja lá o que fosse.
Seu semblante se iluminava quando ela mencionava cada um deles em nossas conversas e eu sentia o amor em suas palavras.
Quando um deles adoecia, tentava demonstrar sua fortaleza, mas, intimamente, sofria.
Sua entrega para seus filhos adotivos era incrível e eu a admirava de longe.
Dizia a todo momento que era mamãe de pets com muito orgulho e bradava quando diziam para ela o contrário.
De alguma forma, ela transferia para seus bichinhos o amor incondicional que tinha dentro de si e aquilo, para ela, bastava.
Mas, houve uma perda de um de seus filhotes que dilacerou seu coração. O luto, de alguma forma, se estende até hoje e o amor que ela nutria por aquela cadela nunca foi substituído, mesmo porque não há como substituir o amor que sentimos por algo ou alguém. É intransferível. E não foi diferente com ela.
Mesmo com a perda tão dolorosa, ela seguiu adiante e buscou forças dentro de si para continuar sua trajetória de mãe de pets e foi feliz em sua decisão.
Em seu coração, mente e pele, ela carregava imagens de sua filha pet e tinha orgulho de demonstrar todo o seu amor por todos os seus filhotes.
Quando estava cansada, recarregava suas baterias com seus filhotes que a faziam ter esperança de dias melhores e sempre funcionava: estar com eles era como ter a chance de se sentir renovada novamente.
Devota do Santo padroeiro dos animais, estava sempre em conexão com ele, rogando pelo bem estar de seus filhotes.
Indiscutivelmente, o amor que ela sente pelos seus filhos é de uma mãe que optou por amar quem quer que seja sem desmerecer o tipo de ser que veio para ser amado.
Com ela, aprendi que o Dia das Mães não é somente para aquelas mulheres que foram agraciadas para amar uma criança, mas, para aquelas mães que indubitavelmente amam seus animais.
Autora:
Patricia Lopes dos Santos