Especialistas em Reprodução Humana da clínica Fertipraxis revelam que o procedimento é o melhor caminho para preservar a fertilidade feminina
É cada vez maior o número de mulheres que tem adiado a maternidade, seja para se dedicar à carreira e aos estudos, ou porque não encontraram o parceiro ideal. A ascensão feminina no mercado de trabalho acompanha o número crescente de indivíduos sem um parceiro definido para formar uma família. Mulheres hoje, aos 40 anos, sentem-se bem e tem a disposição dos 20 anos da geração das nossas avós. Mas, estas mulheres mais jovens do ponto de vista físico e comportamental, tem um relógio biológico que não acompanha essa evolução. Atualmente, a idade em que a maioria das mulheres considera engravidar coincide justamente com a queda de sua capacidade reprodutiva pelo envelhecimento dos óvulos que tem a sua idade cronológica, e vão amadurecendo ao longo da vida. De acordo com dados preliminares da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), a procura pelo congelamento teve um crescimento de cerca de 200% de 2006 até hoje. O Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio), monitorado pela Anvisa, em seu último levantamento, aponta também que entre 2016 e 2017 a procura por esse procedimento cresceu 20%. “A melhor opção para quem deseja preservar o potencial da fertilidade é o congelamento de óvulos. A idade avançada acaba afetando a reserva de óvulos saudáveis, o que pode impossibilitar a gravidez da mulher de forma espontânea. Com o advento do congelamento de óvulos é possível tentar a gravidez no futuro”, ressalta a especialista em reprodução Humana e diretora da clínica Fertipraxis, Dra. Maria do Carmo Borges de Souza.
Para o Dr. Marcelo Marinho, também especialista em Reprodução Humana e diretor da Fertipraxis, apesar do congelamento de embriões ainda ser apontado como a melhor maneira de atingir o resultado esperado nos ciclos de reprodução assistida. “As novas técnicas de congelamento e descongelamento de óvulos já apresentam resultados de sucesso, de modo que atualmente já se fala inclusive em definir o congelamento de óvulos como o tratamento padrão para a preservação de fertilidade em mulheres.”
Já para o Dr. Roberto de Azevedo Antunes, diretor médico da clínica, é preciso considerar que o congelamento de óvulos evita a ocorrência de questões éticas importantes que surgem a partir do congelamento dos embriões, como por exemplo, a discussão sobre o destino de embriões caso um casal se separe, ou o que fazer com os embriões excedentes quando o casal consegue ter seu filho. Em última análise, o congelamento de óvulos permite que uma mulher mantenha sua autonomia reprodutiva. “O congelamento de óvulos segue como tratamento muito bem fundamentado e como recomendação por parte das sociedades europeia e americana para pacientes com baixa reserva que não tenham pretensão de engravidar a curto prazo, tenham diagnóstico de câncer ou risco de perder os ovários. O congelamento social também tem uma indicação bem fundamentada principalmente em pacientes entre 30-35 anos sem perspectivas de ter filhos.”-Destaca o médico que também é Diretor da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro e Diretor da Sociedade Brasileira de Reprodução.
Qualidade dos Óvulos
O sucesso da gravidez depende da idade dos óvulos, e não da idade da mulher quando se dá a transferência do embrião. Considera-se que o ideal é congelar os óvulos até os 35 anos de idade, antes do início do processo de envelhecimento dos óvulos, quando os resultados são menos favoráveis. Estima-se que um bebê do sexo feminino tenha cerca de 2 milhões de folículos, de onde saem os óvulos futuramente. Ao longo da vida esse estoque vai diminuindo e, já na puberdade, cai para cerca de 500 mil. Com a proximidade da menopausa, por volta dos 50 anos, restam aproximadamente 2 mil óvulos.
Entenda a diferença entre congelamento de óvulos e embriões
O embrião se forma quando o óvulo é fertilizado pelo espermatozoide. A técnica de congelamento consiste na utilização de substâncias químicas (crioprotetores) para proteger as células do frio e assim permitir que elas sejam conservadas congeladas. A principal diferença é em relação ao descarte. Enquanto os óvulos podem ser descartados livremente, o descarte de embriões envolve questões legais e éticas. Para se ter embrião, é necessário ter óvulos e espermatozoides. Logo os embriões são de responsabilidade do casal. E qualquer atitude quanto a eles tem de ser autorizada por ambos. Já os óvulos são propriedade exclusiva da mulher e ela decide o que fazer com eles. Outra questão importante é que a legislação brasileira impede o descarte de embriões com menos de 03 anos de congelamento, ou seja, o casal tem que arcar com os custos de manutenção do congelamento, ou então, optar pela doação dos embriões que está prevista nas normas do Conselho Federal de Medicina.
FERTIPRAXIS Centro de Reprodução Humana – http://www.fertipraxis.com.br
A Clínica FERTIPRAXIS é certificada pela Rede Latino-americana de Reprodução Assistida por cumprir com eficiência as normas de controle de qualidade requeridas para todos os procedimentos. As instalações modernas são equipadas com recursos de alta tecnologia para manipulação e criopreservação de gametas e embriões, garantindo segurança no manuseio das amostras biológicas. Junto à tecnologia, o acolhimento aos pacientes é objetivo primordial. Os profissionais que atuam na clínica, médicos especialistas, embriologistas, enfermagem e psicóloga, utilizam as mais avançadas técnicas de reprodução assistida para atender, orientar e tratar da forma mais adequada as pessoas que querem engravidar.
Sobre Dra. Maria do Carmo Borges de Souza
Graduada em Medicina com Mestrado e Doutorado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professora da UFRJ e Livre – Docente pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Presidente da REDLARA – Rede Latino Americana de Reprodução Assistida. É membro da American Society for Reproductive Medicine (ASRM) e da European Society of Human Reproduction and Embriology (ESHRE). Membro do Conselho Consultivo da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida – SBRA; Diretora da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro e Diretora Médica da FERTIPRAXIS Centro de Reprodução Humana.
Sobre Dr. Roberto de Azevedo Antunes
Graduado em Medicina com Especialização em Reprodução Assistida e Endoscopia Ginecológica. Mestre em Ciências da Saúde, com ênfase em Fisiologia Endócrina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. É Diretor Médico da FERTIPRAXIS Centro de Reprodução Humana, Diretor da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro e Diretor da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida- SBRA. Doutorando em Ciências da Saúde, pelo programa de Endocrinologia da UFRJ.
Sobre Dr. Marcelo Marinho de Souza
Graduado em Medicina com Mestrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro; Diretor Médico da FERTIPRAXIS Centro de Reprodução Humana, especialista em Reprodução Humana com títulos pela Rede Latino Americana de Reprodução Humana (REDLARA) e Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). É membro da American Society for Reproductive Medicine (ASRM) e da European Society of Human Reproduction and Embriology (ESHRE).
Autoria:
Ageimagem
Ótimo artigo. E de fato, as mulheres querem cada vez mais ter os filhos quando em idade superior a recomendada. Nada como opções para contornar o problema.