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segunda-feira, 13 de maio de 2024

GESTÃO CIENTÍFICA – O Começo do Estudo Sobre Administração

Como, Onde e Por Que a Administração se Tornou Uma Ciência? Quem Foram os Personagens Dessa História? Que Contribuições Eles Forneceram Para Que a Administração se Tornasse Uma Ciência?

Em 1908 foi o ano de lançamento do primeiro automóvel do mundo – o modelo “T” da Ford – cuja montagem demorava cerca de doze horas. Porém, na década de 20 a Ford Motors Company só levava uma hora e vinte minutos para produzi-lo.

Produto de massa e barato o modelo vendeu 15 milhões de unidades. Como Henry Ford – o fundador da empresa – conseguiu esta melhoria? Ford não estava brincando quando fez essa estranha declaração:

  • “Das 7882 operações em que se decompõe a montagem do Ford T, 949 tarefas exigem pessoas robustas e 3338 homens com uma força física normal. O resto? O resto está ao alcance de mulheres ou crianças grandes”

Na verdade, o pioneiro da indústria automobilística quis provar que é possível especializar as tarefas e decompor o trabalho em gestos elementares, racionalizando a produção e aumentando o rendimento.

Foi o que ele fez e, depois disso, seus operários deixaram de girar em torno do automóvel que estava sendo montado e a cadeia de produção passou a desfilar face a face com o posto de trabalho. Em seguida, bastou cadenciar os movimentos e padronizar o todo — os veículos deviam ser idênticos “como dois alfinetes saídos de uma fábrica de alfinetes”, dizia Ford.

Henry Ford foi um precursor neste tipo de produção, mas ele retirou a sua inspiração de Frederick Winslow Taylor, o qual era um apaixonado pelo estudo do trabalho humano e um grande maníaco pelo cronômetro.

Em 1911 Taylor, inventava a “Organização Científica do Trabalho” que, sob seu ponto de vista, deveria aumentar a produtividade reduzindo o “ócio” dos operários.

Ele estava convencido de uma “cooperação amigável” entre o patrão e os trabalhadores para aumentar a produção, pois isso permitiria acelerar simultaneamente os benefícios de um e os ganhos do outro.

Por volta de 1916, o engenheiro francês Henri Fayol identificou os quatorze princípios da eficácia operacional, através do seu livro “Produzir Mais é a Prioridade”.

Para Fayol, autoridade, disciplina, obediência e hierarquia eram as palavras de ordem, embora ele também falasse em “bondade, equidade e boa vontade face aos operários” porque ele retirou lições da sua experiência como diretor das minas de Commentry.

As ideias de Taylor e de Fayol se complementavam, apesar de divergirem em alguns pontos como a “unidade de comando” – por exemplo – da qual Fayol não abria mão.

Em 1911 Taylor lançou seu livro “Princípios da Gestão Científica”, o qual é considerado por muitos acadêmicos como “um verdadeiro manifesto revolucionário sobre o redesenho dos processos, visando aumentos espetaculares da produtividade”.

Com ele, Taylor lançou os fundamentos da Gestão Científica, cujo legado ainda está vivo em muitas empresas até hoje.

Em 1916 foi a vez de Henri Fayol publicar sua obra – Administração Geral e Industrial – quando ele identificou as áreas funcionais de uma empresa e diferenciou a Gestão Empresarial, colocando-a no centro da organização.

Ele dizia que “gerir é prever e planear, organizar, comandar, coordenar e controlar”. Esta definição gerencial foi largamente usada durante todo o século XX.

Dessa forma, o período compreendido entre 1908 a 1920 ficou sendo conhecido como “Gestão Científica” em função das contribuições que esses três (3) personagens forneceram para que a Administração de Empresas se tornasse uma ciência.

https://www.facebook.com/profigestao

Julio Cesar S Santos
Professor JULIOhttps://profigestaoblog.wordpress.com/
Professor, Jornalista e Palestrante. Articulista de importantes Jornais no RJ, autor de vários livros sobre Estratégias de Marketing, Promoção, Merchandising, Recursos Humanos, Qualidade no Atendimento ao Cliente e Liderança. Por mais de 30 anos treinou equipes de Atendentes, Supervisores e Gerentes de Vendas, Marketing e Administração em empresas multinacionais de bens de consumo e de serviços. Elaborou o curso de Pós-Graduação em “Gestão Empresarial” e atualmente é Diretor Acadêmico do Polo Educacional do Méier e da Associação Brasileira de Jornalismo e Comunicação (ABRICOM). Mestre em Gestão Empresarial, especialista em Marketing Estratégico

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