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segunda-feira, 22 de julho de 2024

A cirurgia de correção da Mielomeningocele 

Tecnologia de ponta e alta especialização médica, no tempo certo, tratam feto no útero materno e reduzem graves complicações futuras.

A internação da mãe costuma durar menos de uma semana e o procedimento complexo é feito pela técnica de vídeo cirurgia. 

Quando as gestantes que recebem a orientação médica para a cirurgia de correção intrauterina da Mielomeningocele recebem essas informações, sempre se assustam. “Para elas, parece relativamente simples a solução para um problema de má formação congênita tão complexo como a Mielomeningocele”, explica Dr. Alexandre Silva e Silva, ginecologista e obstetra especialista em cirurgia minimamente invasiva. 

A Mielomeningocele é um defeito n a coluna vertebral e na medula espinhal durante o desenvolvimento do bebê, que pode ser descoberto pelo ultrassom morfológico logo nas primeiras semanas de gravidez. “Quando essa patologia é constatada significa que a coluna vertebral, a medula espinhal e o canal da medula não se formaram normalmente. A Mielomeningocele é a doença mais grave relacionada ao tubo neural, que é a estrutura embrionária que dá origem ao cérebro e à medula espinhal”, explica Silva e Silva. Segundo o especialista, a má formação congênita pode ter sérias consequências neurológicas.  

Também conhecida como espinha bifásica, a Mielomeningocele é percebida quando não ocorre o fechamento dos dois lados da espinha dorsal sobre a medula espinha l, os nervos e meninges que a acompanham, processo esperado no primeiro mês de gestação.  

A exposição das meninges, da medula e dos nervos levam ao comprometimento neural, já que a coluna vertebral aberta, na maioria dos casos, deixa de cumprir com a principal função que é proteger a medula. “A medula espinhal constitui o tronco de tecido nervoso que liga o cérebro aos nervos periféricos do corpo. Se nasce exposta, muitos destes nervos podem ficar sem função ou traumatizados. Os órgãos que estão inervados pela medula também sofrem”, alerta o cirurgião especialista.  

Entre as consequências mais graves estão: fraqueza muscular com possibilidade de paralisia, comprometimento dos sistemas urinário e fecal, pés deformados, quadris irregulares, escoliose e hidrocefalia. 

Depois do exame morfológico do 1º trimestre confirmado entre 16 e 20 semanas de gestação já é possível decidir pelo tratamento intrauterino. “A literatura médica demonstra que os resultados são exponenciais quando a cirurgia é feita ainda na barriga na mãe, após o nascimento, o progresso não costuma ser o mesmo”, destaca o obstetra.  

“Mães que passaram pela cirurgia minimamente invasiva estão hoje com bebês saudáveis e livres de graves prejuízos na funcionalidade. Mulheres que não imaginavam enfrentar uma cirurgia intrauterina para tratar um problema tão complexo e com a possibilidade de uma recuperação tão rápida graças aos avanços tecnológicos e a especialidade médica”, finaliza o especialista. 

A Mielomeningocele, que pode provocar alterações de sensibilidade severas, comprometer o funcionamento da bexiga e do intestino além de provocar a perda de movimentos, pode ser corrigida quando tratada a tempo, ou seja, antes da vigésima sétima semana de gestação. 

Sobre o Dr. Alexandre Silva e Silva

Dr. Alexandre Silva e Silva, se formou em 1995 na Faculdade de Ciências Médicas de Santos e fez residência em ginecologia obstetrícia no Hospital Guilherme Álvaro recebendo o Título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia, em 1999.?Título de especialista em Histeroscopia em 1998.?Título de especialista em laparoscopia em 2000.?? 

?Certificação em cirurgia robótica em 2007 no Hospital Metodista de Houston. Certificação em cirurgia robótica?single site?em 2016 em Atlanta.?Mestre em ciências?pela Universidade de São Paulo em 2019.? 

Foi pioneiro em cirurgia minimamente invasiva a partir do ano de 1998.?? 

E dá aulas de vídeo cirurgia desde então.? 

Referência em videolaparoscopia e cirurgia robótica.? 

Autoria:

Ageimagem

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