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segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Medida Provisória: Um filme não distópico

Vou começar com um poema de Bertolt Brecht que tem um nome em alguns livros como “É PRECISO AGIR” Bertold Brecht[1] (1898-1956).

Primeiro levaram os negros

Mas não me importei com isso

Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários

Mas não me importei com isso

Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis

Mas não me importei com isso

 Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados

Mas como tenho meu emprego

Também não me importei

Agora estão me levando

Mas já é tarde.

Como eu não me importei com ninguém

Ninguém se importa comigo

Quando Brechet escreveu esse poema havia na sua vida a ascensão e a tomada do poder pelo nazismo. Muitas pessoas não acreditavam que isso poderia acontecer na primeira metade do século XX na Europa. Lá, alguns, também pensavam como a personagem de Seu Jorge. André, no filme: “Como é que a gente não viu isso? Como é que a gente deixou chegar nesse ponto? Como é que a gente riu disso?


[1] BRECHET, B.  (2012) Poemas. São Paulo: Editora 34.

Autor:

Prof. Me. Henrique Catai

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