É livre quem pode fazer o que bem quiser. Dentro das suas limitações de espaço, tempo, energia e recursos. Só se é livre dentro de certos limites, portanto toda liberdade é condicional.
Só é totalmente livre, quem pode exercer a sua vontade, sem qualquer limitação moral, material ou física, ou seja, ninguém. Pois nenhum ser humano reúne tantos quesitos. Dizer que a minha liberdade termina onde começa a do outro é muito bonito, mas e se a liberdade foi mal distribuída, e o meu vizinho tem um latifúndio de liberdade, enquanto eu só tenho um fundo de quintal?
Devemos ter um cuidado redobrado com quem nos dá a liberdade, pois geralmente é quem nos pode tirá-la.
Existem pessoas que passam os dias inteiros livres, e chegam em casa reclamando dessa condição: é o caso dos motoristas de taxi, portanto toda liberdade é relativa
Quem é livre nunca sabe, mas quem não é sempre o sabe!
Existem pessoas, que são tão obcecados pela liberdade, que se tornam prisioneiros de sua própria obsessão, os loucos, por exemplo; se consideram livres e são aprisionados por isso, outras pessoas dizem; “sou rico e isto me torna livre “, mentira, pois quanto mais se tem, maior é a prisão, é claro que será uma linda prisão, cheia de mordomias, mas sempre será uma prisão, mesmo sendo uma de ouro.
De todos os crimes que se comete em nome da liberdade, o pior é a retórica. Mas eu desconfio que a única forma de se chegar próximo a liberdade, é a de não ter medo do ridículo de dizer que não é livre…
Autor:
Antônio Henriques Dias Cordeiro
Excelente crônica, parabéns.