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segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Gerenciando a minha vida como gerencio a empresa

Estresse e, mais recentemente, Burnout, que nada mais é do que uma síndrome resultante de estresse, têm sido palavras constantes em nossas vidas. Seja pela razão que for: situação econômica do país, Covid, o motivo pode variar, mas você consegue se lembrar de algum momento de nossa história em que esses termos não fizessem sentido? Difícil, eu confesso que não tenho esse registro.

Ao longo dos dois últimos anos, precisamos mudar muita coisa. Todos nós. E por mais que já estejamos próximos do que considerávamos uma realidade normal, ainda estamos em transição e, o mais provável é que nem seguiremos do mesmo modo que vivíamos antes da Covid. O importante é conseguir viver do melhor modo possível. O OKR — Objectives and Keys Results — Objetivos e Resultados Chaves –, acredite, pode nos ajudar. É uma ferramenta de gestão cada vez mais usada pelas companhias por causa de seus princípios, com destaque para os ajustes rápidos nas rotas da administração e também pelo alinhamento e envolvimento constantes com a equipe.

No mundo corporativo, o OKR é uma ferramenta que ajuda a priorizar o mais importante do momento para a empresa. Para ganhar um pouco mais de controle e tranquilidade no dia a dia também é importante que façamos isso em nossas vidas. Não dá para querer resolver tudo de vez, nem para considerar tudo como prioridade. Temos que considerar como prioritário o que realmente é e distinguir do que é urgente.

Vamos nos imaginar gerenciando nossa vida familiar com OKR. Primeiro temos que definir o que é prioridade em nosso plano de administração de vida. Daí determinar como cada membro da família pode contribuir, qual sua participação. Novamente, é a mesma coisa que fazemos na empresa, temos um plano, identificamos as pessoas que precisam trabalhar nele e dividimos as tarefas. É importante que todos estejam alinhados, nos dois casos, pois se um falhar, pode comprometer o sucesso de todos. Imagine que um membro da família fique desempregado, por exemplo. O planejamento precisa ser reajustado e compartilhado com os demais. Para que assim, como ocorre nas companhias, os gastos não sejam maiores que as entradas, pois aí, caminharíamos para o fechamento da companhia ou, no caso da família, para, no mínimo, o aumento do estresse ou dos casos de Burnout. Importante ter em conta a idade dos filhos, se houver, para saber comunicar de forma adequada a cada interlocutor.

Na gestão da família ou da empresa, depois de traçados os planos e divididas as tarefas com os envolvidos, é preciso acompanhar a evolução de cada um, em cada etapa do processo, e reajustar a rota, sempre que necessário, seja por uma causa externa ou interna, não importa, o que precisa deve ser corrigido e comunicado a todos para que se possa alcançar os objetivos.

Costumo dizer que o OKR envolve mudança de mentalidade, para melhoria de processo e aplicação do método com objetivos e resultados chave, tendo como efeito o aprendizado e o desenvolvimento contínuos, a cada encerramento de ciclo, para abertura do próximo ciclo, com foco em evoluir sempre para se manter vivo e, se o mercado mudar, estar preparado para fazer os ajustes que forem necessários. Você mudaria algo se estivesse pensando na família?

Autor:

Pedro Signorelli tem 20 anos de experiência no mercado corporativo, tornou-se especialista na implementação do método OKR. Em 2019, criou e fundou a Pragmática Consultoria em Gestão, com o objetivo de ajudar outras organizações em suas jornadas de transformação e gestão. Até o momento, já desenvolveu mais de 60 projetos para empresas do Brasil e do exterior. Mais informações acesse o site

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