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segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Divino

Desejava muito escrever um enorme capitulo ao divino, mas não sei se conseguiria escrever um número interessante de palavras divinais. Creio praticamente que o divino não seja para ser explicado, apenas admirado e sentido e por mais que minha consciência racional diga-me o quanto isto tudo é clichê, a minha parte admiratória me revela o contrario, me põe contra a parede e obriga-me a esquecer do significado de clichê. Sabe aquelas coisas que conseguimos compreender?  Mas não conseguimos passar adiante transpondo o sentir no meio de palavras e até mesmo na arte? Então… isto é divino! O amar, o sagrado Deus, o temido diabo, o medo, sintomas de enfermidades, noites de insônia, desejos proibidos, o sexo desprotegido e as loucuras de mamãe são coisas divinas que todo ser humano é capaz de obter acesso com entrada gratuita, mas jamais conseguir reproduzir, somente a vida detém os direitos autorais do divino e pode eu ou qualquer pessoa tentar transpor isso na arte para deixar mais compreensível, mas jamais entendível e o mais empata e sensível dos homens poderá apenas supor, no entanto jamais sentir por completo a intensidade do outro.

Acredito cegamente que usamos o termo empatia errado. Ninguém precisa perder-se de si, sair de si, para entender o outro. Meu Deus, vivemos todos no mesmo mundo, compartilhamos do mesmo divino e se olharmos para nos mesmos, sem muito esforço saberemos como o divino reverbera no outro.

Autor:

Cristian Jesus

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